
O Índice Geral de Preços – Mercado (IGP-M), usado como fator de reajuste em alguns contratos de aluguel, registrou inflação de 0,24% em abril deste ano. Segundo a Fundação Getulio Vargas (FGV), o indicador havia registrado deflação (queda de preços) de 0,34% em março deste ano.
Com o resultado de abril deste ano, o IGP-M acumula taxa de inflação de 8,50% em 12 meses. No acumulado do ano, a taxa é de 1,23%. Em abril de 2024, o IGP-M havia apresentado inflação de 0,31% no mês e acumulado deflação de 3,04% em 12 meses.
A alta da taxa de março para abril deste ano foi puxada principalmente pelos preços no atacado, medidos pelo Índice de Preços ao Produtor Amplo, que passaram de uma deflação de 0,73% em março para uma inflação de 0,13% em abril.
Em abril, o Índice de Preços ao Consumidor (IPC) registrou taxa de 0,46%, apresentando recuo em relação ao mês anterior, quando o índice subiu 0,80%. Entre as oito classes de despesa que compõem o índice, cincos apresentaram reduções nas suas taxas de variação: Habitação (1,73% para 0,47%), Transportes (0,70% para 0,04%), Alimentação (1,39% para 0,80%), Comunicação (0,68% para 0,35%) e Despesas Diversas (0,60% para 0,48%). Em contrapartida, os grupos Educação, Leitura e Recreação (-1,60% para -0,47%), Saúde e Cuidados Pessoais (0,60% para 1,09%) e Vestuário (0,12% para 0,46%) exibiram avanços em suas taxas de variação.
Inflação da construção
O Índice Nacional de Custo da Construção (INCC) acelerou 0,59% em abril, após registrar alta de 0,38% no mês anterior. Analisando os três grupos constituintes do INCC, observam-se movimentações distintas nas suas respectivas taxas de variação na transição de março para abril: o grupo Materiais e Equipamentos recuou de 0,42% para 0,35%; o grupo Serviços acelerou de 0,19% para 0,50%; e o grupo Mão de Obra avançou de 0,35% para 0,91%.
Em abril, a taxa do Índice de Preços ao Produtor Amplo (IPA) acelerou 0,13%, invertendo a trajetória em relação a março, quando apresentou queda de 0,73%. Analisando os diferentes estágios de processamento, percebe-se que o grupo de Bens Finais acelerou para 0,91% em abril, após alta de 0,61% em março. Registrando comportamento similar, o índice correspondente a Bens Finais (ex), que exclui os subgrupos de alimentos in natura e combustíveis para consumo, subiu de 0,04% em março para 0,77% em abril.
A taxa do grupo Bens Intermediários subiu 0,02% em abril, depois de cair 0,13% no mês anterior. O índice de Bens Intermediários (ex) (excluindo o subgrupo de combustíveis e lubrificantes para a produção) avançou para 0,41% em abril, após alta de 0,10% em março. O estágio das Matérias-Primas Brutas registrou queda em menor magnitude, passando de -1,94% em março para -0,30% em abril.
“No IPA, a alta de produtos agropecuários e a queda menos acentuada em produtos industriais contribuíram conjuntamente para a reversão do movimento de queda registrado em março no IGP-M. No IPC, a desaceleração nos grupos transportes e habitação influenciaram o resultado de abril, com destaque para a forte queda nos preços das passagens aéreas. Por fim, o aumento dos custos da mão de obra continua a pressionar o INCC.”, afirma Matheus Dias, economista do FGV IBRE.
*Com informações da Fundação Getulio Vargas
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