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AGU notifica plataformas digitais sobre publicidade de bets para público jovem

Informações provenientes das notificações extrajudiciais às bets deverão embasar processo administrativo sobre impactos dos jogos online na saúde mental da população
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Iniciativa visa mitigar os danos à saúde mental e à economia da população jovem causados pela exploração desse tipo de atividade por bets. Foto: Freepik (gerada por IA)

A Advocacia-Geral da União (AGU) enviou notificação extrajudicial às plataformas digitais YouTube Brasil, TikTok, Kwai e Meta (Instagram e Facebook) pedindo esclarecimentos sobre eventuais medidas preventivas adotadas pelas empresas para evitar a divulgação de publicidade de casas de apostas e de jogos de azar voltada ao público infantojuvenil.

No documento, a AGU reforça que é proibido por lei que a publicidade desse tipo de atividade tenha como público-alvo crianças e adolescentes, assim como é vedado que menores de 18 anos participem de jogos e apostas.

A AGU também destaca que, diferentemente das casas de apostas de quota fixa que estão em processo de regulamentação no país, os chamados jogos de azar, aqueles cujo ganho e perda dependem exclusiva ou principalmente da sorte, não encontram amparo legal e são classificados como contravenção penal pela lei brasileira.

As notificações relatam a iniciativa do governo federal para mitigar os danos à saúde mental e à economia da população causados pela exploração pelas bets desse tipo de atividade, assim como seu impacto sobre as respectivas políticas públicas federais.

Bets e “transtorno do jogo”

De acordo com o Departamento de Saúde Mental, Álcool e Outras Drogas, do Ministério da Saúde, o “transtorno do jogo” está incluído na Classificação Internacional de Doenças (CID-11) e tem semelhanças com transtornos decorrentes de uso de substância.

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A AGU também pede que as plataformas informem se seus termos de uso preveem regras específicas para a proteção do público infantojuvenil, e se existem canais específicos para apresentação de denúncia de publicidade irregular sobre o tema.

“Se considerarmos especificamente a publicidade dos jogos, disseminada no bojo das plataformas digitais, não resta dúvida de que aquela promovida por e para o público infantojuvenil se mostra inequivocadamente dotada de abusividade/ilegalidade – seja aquela promovida por empresas regulamentadas/em fase de regulamentação (casas de apostas de quota fixa), seja aquela de jogos de azar (contravenção penal), uma vez que tanto a exploração dessas atividades quanto a respectiva publicidade são vedadas para o público de criança e adolescente, senão, vejam-se os seguintes dispositivos da legislação das casas de apostas (para além, obviamente, de todo o microssistema normativo protetivo da criança e adolescente)”, afirma trecho do documento.

As respostas às notificações serão utilizadas para subsidiar processo administrativo em trâmite na AGU, originado a partir de requerimento do Ministério da Saúde, sobre a temática dos jogos de apostas/jogos de azar e seus impactos para as políticas públicas federais, especialmente as relacionadas à saúde mental da população.

Leia mais: Alagoas é 1º do NE e 4º estado do país com mais apostadores de bets, diz pesquisa

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