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Criação de bloco de 7 partidos coloca Alepe e Governo em lados opostos

Colegiado reuniria sete partidos, que, somados, chegariam a 27 deputados. A união permitirá altera a composição das comissões da Alepe
Alepe tem um novo bloco, que já nasce ameaçado de ser desfeito, Foto Nando Chiappetta/Divulgação

A notícia da formação de um bloco na Assembleia Legislativa que reuniria sete partidos que, somados, têm 27 deputados estaduais, caiu como uma bomba na Casa de Joaquim Nabuco. Parlamentares que integram essas legendas, mas que não votam com o governo, disseram que não foram ouvidos pelos líderes e que não aceitam a decisão. O resultado é que o PL já recuou de participar do bloco e o Solidariedade decide nesta terça se permanece ou não no colegiado. Informações de que o Governo estaria por trás da articulação deixaram os deputados irritados, alguns ameaçando dar o troco.

A ideia do bloco partidário surgiu como uma forma de alterar a composição das comissões permanentes da Casa. Independente da posição de cada parlamentar, no bloco, o que vale é o número de parlamentares vinculados aos partidos. Com a união das siglas, o grupo tem o poder de reivindicar posições nas comissões.

Caso esse bloco vingue, o principal alvo será a retirada do deputado Alberto Feitosa da Comissão de Finanças. É lá que na próxima quarta-feira (17) será votado o parecer do projeto que propõe o fim das faixas salariais de PMs e bombeiros até 2026. Coronel da reserva, Feitosa se coloca como representante da tropa e é contra o formato apresentado pelo Governo do Estado para acabar com essas faixas. Ele defende que seja elas devem ser extintas de uma só vez.

Insatisfação na Alepe

O ofício que criava o bloco deveria ter sido lido na sessão desta segunda-feira (15), para que passasse a valer, o que não ocorreu. A justificava é que haveria mudanças na composição do bloco. Logo surgiu a informação de que o PL iria abandonar o bloco.  

Durante toda a tarde a movimentação foi intensa no plenário da Alepe, com vários pequenos grupos de parlamentares conversando ao pé de ouvido no plenário. A informação, entre os deputados, era de que a estratégia teria sido gestada por Joãozinho Tenório, vice-líder do Governo na Casa, e Socorro Pimentel e, claro, teria o aval na Casa Civil.  

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O clima de insatisfação com a articulação governista era visível em alguns parlamentares. Argumentavam que era mais uma tentativa de influenciar em um tema que é interno da Casa. E que uma possível retaliação não estaria descartada.

Retaliação

Os governistas, por sua vez, afirmam que a articulação é uma reação à estratégia do PSB, que uniu-se ao PSOL e Republicanos para formar um bloco e, assim, alterar a composição da comissões.

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