Cachaça Sanhaçú ganha selo Nº 1 de Envelhecimento Sustentável

A Sanhaçú vem plantando as árvores desde 1993 para utilizar nos barris destinados ao envelhecimento da cachaça. São espécies diversas cultivadas em 2,5 hectares Por Patrícia Raposo A Cachaçaria Sanhaçu recebeu o Selo de Envelhecimento Sustentável (SES) pelo trabalho de reflorestamento promovido família Barreto Silva, que fundou e administra essa empresa. A cachaça pernambucana é a […]

A Sanhaçú vem plantando as árvores desde 1993 para utilizar nos barris destinados ao envelhecimento da cachaça. São espécies diversas cultivadas em 2,5 hectares

Por Patrícia Raposo

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A Cachaçaria Sanhaçu recebeu o Selo de Envelhecimento Sustentável (SES) pelo trabalho de reflorestamento promovido família Barreto Silva, que fundou e administra essa empresa. A cachaça pernambucana é a primeira cachaça no Brasil a receber o selo.

Sanhaçú: cachaça orgânica em barris sustentáveis/Fotos: Divulgação

A Sanhaçú vem plantando as árvores desde 1993 para utilizar nos barris destinados ao envelhecimento da cachaça. São espécies diversas cultivadas em 2,5 hectares. Em 2019, a empresa começou a reflorestar outros 10 hectares.

Quem concedeu o selo de número 01 para a marca foi a escola Cana Brasil em parceria com a Revista Sou ecológico e o objetivo é mostrar ao mercado as marcas de cachaça de alambique que adotam práticas de reposição florestal para obter a madeira usada em dornas e barris destinados ao armazenamento e envelhecimento do produto.

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 “Sabemos que em torno de 90% das cachaçarias envelhecem sus bebidas em barris de madeira. E de onde vem tanta madeira? Não sabemos. Precisamos ter controle sobre isso”, reflete Elk Barreto que, junto com os pais e irmãos, administra o negócio. A Sanhaçú é 100% orgânica e também planta toda a cana que utiliza. Ela ainda reaproveita a água da chuva e usa energia renovável de fonte eólica.

Oto Barreto, outro membro da família, alerta que é preciso garantir a matéria prima para futuras gerações. “E para isso, precisamos reflorestar”, destacou. O empresário adiantou que os selos estão em processo de produção e devem ser inseridos nos próximos lotes da bebida. 

Para conceder o prêmio em homenagem aos seus 20 anos de fundação, a Escola Cana Brasil fez um levantamento dos melhores projetos do setor, levando em consideração diversos critérios técnicos.

“Dentre os 800 projetos já analisados pela Cana Brasil, consideramos que o Engenho Sanhaçu foi o que mais se destacou nacionalmente no critério do Compromisso Ambiental”, disse o gestor da escola, Arnaldo Ribeiro, que foi à sede da Sanhaçú para entregar pessoalmente o selo, num evento que contou com a presença do engenheiro Florestal, Humberto Candeias, responsável técnico pela análise dos projetos de reposição florestal, além de Hiram Firmino, diretor-geral do Grupo Ecológico, José Bertotti, secretário de Meio Ambiente de Pernambuco, e do prefeito de Chã Grande, Diogo Alexandre. 

Com 14 anos de atividades, a Cachaçaria Sanhaçu tem sua sede na Zona Rural de Chã Grande, no Agreste de Pernambuco, onde produz 25 mil litros da bebida, vendidos em Pernambuco São Paulo, Minas Gerais, Rio de Janeiro, Bahia e Manaus. A Sanhaçú já foi exportada pontualmente para Áustria e Luxemburgo e nos próximos meses vai chegar à Suíça.

O Engenho Sanhaçu se insere na rota do turismo rural de Pernambuco. No local, o visitante conhece como são feitos os produtos orgânicos do grupo – cachaça, açúcar mascavo, rapadura e mel de engenho.

A ampliar a produção da cachaça está nos planos da família. “Podemos chegar a 40 mil litros. Mas não vamos passar disso, preferimos investir na diversificação dos negócios e de produtos, com implantação de estrutura para hospedar os turistas que nos visitam”, explica Elk Barreto. Hoje, 40% da receita da empresa vem dessas visitações turísticas.

O Selo

É um instrumento de controle, identificação e informação ao consumidor, sobre as marcas de cachaça de alambique que adotam práticas de reposição florestal em função da utilização de dornas e barris, que sejam fabricados com madeira proveniente de espécies nativas ou exóticas, para o armazenamento envelhecimento dos produtos. Poderá ser afixado nas garrafas e embalagens de qualquer produto que, comprovadamente, forem objeto do cumprimento da reposição florestal voluntária pelos seus proprietários.

O SES – Selo de Envelhecimento Sustentável teve incorporado em sua criação, tecnologia gráfica de última geração, utilizando um conjunto de itens de segurança, além da técnica mundialmente denominada “Intaglio” é conhecida como Talho Doce, impressão em relevo de segurança, a Calcografia Cilíndrica, presente nos principais documentos como Selos Fiscais, CNH, Identidade, Passaporte, entre outros, que confere identidade ao documento, trazendo segurança, autenticidade e impedindo falsificações.

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