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Projeto piloto abre caminho para implantação do 5G no agronegócio

Por Juliana Albuquerque Já imaginou ter no campo máquinas que sozinhas possam identificar onde é necessário pulverizar mais água? Esse é um dos exemplos da aplicação que a chegada da tecnologia 5G pode proporcionar ao agronegócio brasileiro, já a partir de julho de 2022, após o leilão das faixas de radiofrequência, promovido pela Anatel, em […]

Por Juliana Albuquerque

Já imaginou ter no campo máquinas que sozinhas possam identificar onde é necessário pulverizar mais água? Esse é um dos exemplos da aplicação que a chegada da tecnologia 5G pode proporcionar ao agronegócio brasileiro, já a partir de julho de 2022, após o leilão das faixas de radiofrequência, promovido pela Anatel, em agosto deste ano. Há grande expectativa no agronegócio porque, embora a presença da internet na zona rural tenha avançado muito nos últimos anos com a democratização do acesso, ainda há imensos vazios de conectividade no campo brasileiro. Vencer essas áreas de sombra é um desafio que se espera ser superado com o 5G.

Para exemplificar como essa nova tecnologia vai representar uma grande oportunidade para a melhoria da competitividade na agricultura brasileira, trazendo mais eficiência, aumento de produtividade e redução de custos, o Ministério das Comunicações inaugurou, nesta sexta (25), em Sorocaba, interior de São Paulo, o maior campus universitário conectado com tecnologia de quinta geração – 5G Smart Campus Facens.  O presidente Jair Bolsonaro e os ministros Fábio Faria, das Comunicações; Marcos Pontes, da Ciência, Tecnologia e Inovação; e Tereza Cristina, da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, participaram da solenidade.

O “Campus Conectado” é uma iniciativa do Centro Universitário Facens, em parceria com a Ericsson, Embratel e Claro. Durante a inauguração, as empresas, em parceria com a John Deere, Qualcomm e Motorola, apresentaram em primeira mão um pulverizador autônomo de grande porte: o primeiro conectado ao 5G. A ação demonstrou como a tecnologia tem potencial para impulsionar o desenvolvimento do agronegócio. Com recursos inteligentes em fazendas será possível automatizar processos e diminuir prazos e custos, tornando a produção mais otimizada e rentável.

Com serviço de transmissão em alta velocidade a partir de geração pela própria estrutura, o chamado 5G “puro” ou standalone, instalado pelas empresas Ericsson e Claro, o projeto piloto dará suporte a testagem e prototipagem de produtos e serviços por empresas, startups e pela academia, incluindo aplicações para inovação no agronegócio.

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Pulverizador autônomo de grande porte: o primeiro conectado ao 5G/Foto: Alan Santos-PR

Para o campo, a conexão em 5G permite maior produtividade e reforça o papel do Brasil como protagonista no cenário mundial de produção de alimentos a partir da redução de custos e diminuição de perdas na produção. “Acabamos de assistir uma demonstração do que é a agricultura moderna, agricultura de precisão e sustentável que esse país já faz e que vai fazer ainda mais quando tivermos uma conectividade democratizada no nosso país”, destacou a ministra da Agricultura, Tereza Cristina, ao citar que apenas 23% do espaço agrícola brasileiro possui algum nível de cobertura por internet.

Segundo o ministro das Comunicações, Fábio Faria, com o 5G, o crescimento na produção do agronegócio previsto no País é de 20%. “Hoje, o Brasil produz comida para 1 bilhão de pessoas, até 2050 poderemos duplicar a produção sem desmatamento, apenas usando tecnologia”, reforçou o ministro.

Para Cléber Soares, diretor de Inovação da Agropecuária do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), “o novo paradigma do agronegócio no mundo será suportado pelo digital”. Numa metáfora, conectividade é a pavimentação inicial de uma grande estrada para se chegar a um objetivo, mas ela não é tudo, explicou o diretor. É importante também desenvolver ferramentas digitais, sistemas, softwares e serviços.

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