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Cearenses avançam sobre a “Economia do Mar”

Após criar Atlas Digital Costeiro, para orientar ações voltadas às atividades econômicas que dependem do mar, Governo do Estado cria grupo de Trabalho para elaboração do Planejamento Espacial Marinho (PEM )

Por Waleska Saraiva

A Economia do Mar entrou na pauta do governo cearense. Com a conclusão do Atlas Digital Costeiro e Marinho do Ceará, neste mês, o estado vai dispor de informações que darão suporte a atividades como pesca, aquicultura, mineração, turismo, energias renováveis e hidrogênio verde, além de detalhar as características químicas, físicas e biológicas do mar.

Mergulhando na ‘’Economia Azul’’, o Ceará sai na frente dos demais estados da região para melhor explorar as atividades econômicas que possuem influência direta do mar. Para o Secretário do Meio Ambiente (SEMA) do Ceará, Artur Bruno, “o Ceará está se tornando o estado azul do Brasil, sendo pioneiro em políticas públicas para o oceano e economia do mar”. Ele disse que a Economia Azul tem grande possibilidade de ser um motor de ganhos econômicos e sociais nessa década. O mar está nos planos estratégicos para os projetos Fortaleza 2040 e Ceará 2050, conforme a SEMA.

O mar está nos planos estratégicos para os projetos Fortaleza 2040 e Ceará 2050, conforme a SEMA/Foto: Ascom Casa Civil – Governo do Ceará

A conservação e uso sustentável de recursos naturais na Zona Costeira e Marinha é fundamental para a promoção da qualidade de vida da população que depende dos recursos marinhos, contribuindo para a redução da pobreza e para a sustentabilidade de diversas atividades sociais, culturais e econômicas ancoradas no capital natural.

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O Atlas encontra-se atualmente instalado de forma virtual na Plataforma Estadual de Dados Espaciais (PEDE), que faz parte do Sistema Estadual do Meio Ambiente (SIEMA) que envolve a SEMA, SEMACE e o BPMA, criado pela Lei Complementar n° 231/2021, oriundo da mensagem governamental n° 8.583.

Na sequência do Atlas, no último dia 12 de dezembro, o governador do Ceará, Camilo Santana, assinou o Decreto nº 34.457, que criou o grupo de trabalho para elaboração do Planejamento Espacial Marinho (PEM) do Ceará, um processo público de análise e alocação da distribuição espacial e temporal de atividades humanas em áreas marinhas, para alcançar objetivos ecológicos, econômicos e sociais.

Menos burocracia

A utilização de uma plataforma digital irá permitir uma maior celeridade no processo de tomada de decisão, fiscalização e licenciamento ambiental, novas oportunidades para a economia do mar e economia verde, além de uma maior difusão e acessibilidade de dados e conhecimento sobre a zona costeira cearense e ambiente marinho do estado do Ceará.

“Por ser digital, a plataforma poderá ser constantemente atualizada, diferentemente da versão física na qual não é possível editar. Nosso intuito foi justamente fazer um atlas que pudesse ser interativo, ao qual todos possam ter acesso. Esse é o nosso diferencial’’, destaca o cientista Eduardo Lacerda, integrante da Equipe Cientista-Chefe Meio Ambiente, da Secretaria do Meio Ambiente do Ceará.

Lacerda garante que, ainda assim, na segunda fase de 2022 o Atlas será apresentado em sua versão impressa (física), e nele constarão as principais informações que servirão de base e diagnóstico para a elaboração do Planejamento Espacial Marinho (PEM) do Ceará.

O Atlas Digital Costeiro e Marinho do Ceará é um produto do Programa Cientista-Chefe Meio Ambiente, promovido pela Secretaria do Meio Ambiente do Estado do Ceará (SEMA) e Superintendência Estadual do Meio Ambiente (SEMACE), com apoio da Fundação Cearense de Apoio ao Desenvolvimento Científico e Tecnológico (FUNCAP).

O projeto conta com o apoio de pesquisadores da Universidade Federal do Ceará (UFC), Universidade Estadual do Ceará (UECE), do Serviço Geológico do Brasil (CPRM), Marinha do Brasil, dentre outros.

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