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Verbas do Novo PAC podem restaurar ferrovias sucateadas no Nordeste

Governo vai realizar estudos técnicos sobre a antiga malha ferroviária e iniciar outras obras para melhorar a mobilidade no Nordeste
Estação ferroviária Arapiraca Nordeste
Estudos investigam a situação de ferrovias no Nordeste. / Foto: Ewerton Santos

O Nordeste terá, pelos próximos dois anos, uma das maiores fatias de investimentos do Novo PAC em obras de mobilidade, incluindo não só rodovias, mas ferrovias também. Segundo dados do Ministério dos Transportes, dos 302 empreendimentos previstos para o país, 125 estão em estados nordestinos e têm previsão de receber R$ 27 bilhões em investimentos. Além da Transnordestina, o Governo Federal pretende ainda realizar estudos técnicos sobre a antiga malha ferroviária e iniciar outras obras para garantir melhoria na mobilidade em diversas cidades da região, além de melhorar as condições de rodovias.

Uma das grandes obras em andamento é a Transnordestina, que após a liberação de R$ 3,6 bilhões, por meio do crédito do Fundo de Desenvolvimento do Nordeste (FDNE), permitirá à concessionária Transnordestina Logística S. A. (TLSA) avançar na etapa final da ferrovia. Segundo informações da Secretaria Nacional de Transporte Ferroviário (SNTF), no último mês foi contratado mais um lote do trecho Missão Velha-Pecém (MVP 07) e está para ser contratado o lote MVP 11. Os demais segmentos (MVP 8, 9 e 10) serão contratados ao longo de 2025.

Paralelo às obras desta ferrovia, o Ministério dos Transportes deu início a um Estudo de Viabilidade Técnica, Econômica e Ambiental, por meio da Infra S.A., em parceria com o Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID), para avaliar as condições dos 7.200 quilômetros de ferrovia sucateados e que cortam os estados do Maranhão, Piauí, Ceará, Rio Grande do Norte, Paraíba, Pernambuco e Alagoas.

Ferrovias no Nordeste

A Malha Nordeste está concessionada à Ferrovia Transnordestina Logística S.A. (FTL) desde 1997. “O objetivo desse processo é avaliar a condição de cada trecho e determinar a melhor alternativa de aproveitamento, considerando sua viabilidade para uso ferroviário ou outras finalidades. Neste cenário, será possível potencializar o uso das ferrovias existentes na região. Além disso, o ministério criou grupo de trabalho para avaliar os trechos a serem devolvidos e a respectiva indenização, bem como o escopo de novo modelo para racionalização da malha operacional. Os debates já foram finalizados e agora o relatório desse GT está em fase de validação na pasta”, informou a Secretaria ao Movimento Econômico.

ferrovia sucateada
Malha da ferrovia que corta o Nordeste está sucateada/foto: blog Meu Transporte

Trens de passageiros entram no radar de obras em 2025

Segundo a SNTF, ao longo deste ano, haverá a retomada das obras do trecho pela Infra S.A. no trecho Salgueiro-Suape, em Pernambuco e a continuidade de estudos técnicos, realizados pela Infra S.A. para avaliar a possibilidade de implantação de trens de passageiros nos trechos de Fortaleza- Sobral, no Ceará, e entre São Luís e Itapecuru-Mirim, no Maranhão.

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Já no tocante à malha rodoviária, o Ministério dos Transportes desenvolverá, em 2025, estudos focados na melhoria da infraestrutura de rodovias na região.

O Nordeste está contemplado com uma das maiores parcelas de investimentos no Novo PAC, contando com um total de 125 empreendimentos dos 302 previstos para todo o país. Dentre os 125 empreendimentos da região Nordeste, contabilizam-se 52 estudos e projetos e 73 obras previstas na carteira completa do programa. Ao todo, o Novo PAC tem previsão de receber R$ 27 bilhões em investimentos. Também serão investidos outros R$ 52,6 bilhões em mais 15 projetos dentro do Novo PAC Ferrovias, segundo informou o MT ao Movimento Econômico. 

Segundo o Ministério, em 2024, foram executados mais de 3.243,6 quilômetros de obras rodoviárias, incluindo obras de pavimentação, adequação, duplicação, restauração e revitalização, sendo 180 quilômetros de obras de construção e 52 Obras de Arte Especiais (OAEs).

Capitais e cidades polo do Nordeste terão obras de mobilidade

O crescimento das capitais e cidades da região Metropolitana tem ocasionado uma tendência pelo país: trânsito para quem chega ou sai e piora na mobilidade em vários trechos da cidade. Em Alagoas e Pernambuco, por exemplo, as obras do Arco Metropolitano pretendem dar fluidez para quem trafega, seja na locomoção ao trabalho ou para empresas que precisam escoar mercadorias.

A mesma problemática também vem ocorrendo em cidades maiores e que possuem polos industriais, por exemplo. As cidades de Recife, Abreu e Lima, ambas em Pernambuco, e Fortaleza, no Ceará, estão inclusas em estudos de viabilidade técnica, econômica e ambiental, realizados pelo Ministério dos Transportes, a fim de promover obras que melhorem a mobilidade urbana nas rodovias federais que cortam estas cidades.

estradas
Estudo estão curso para melhorar a qualidade das estradas na região Estradas – BR-101. Foto: DNIT

No escopo do novo PAC, das 73 obras previstas na carteira do programa, a Secretaria Nacional de Transportes Rodoviário (SNTR) disse ao Movimento Econômico que há destaque para empreendimentos de melhoria da mobilidade urbana em Petrolina, no Sertão de Pernambuco, onde está previsto obras de adequação da Travessia Urbana de Petrolina. Já no interior da Bahia, a cidade de Feira de Santana tem previsto obras do contorno Leste.

Já nas capitais, o Ministério dos Transportes vai construir o Arco Metropolitano de João Pessoa, na Paraíba, realizar a adequação da travessia em Teresina, no Piauí, e executar as obras do Contorno Oeste, na cidade de Balsas, no Maranhão.

Leia Mais: Governo Federal estuda concessão do Arco Metropolitano do Recife e BRs no NE

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