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Vendas do varejo devem atingir nível pré-pandemia neste Natal

Por Juliana Albuquerque Considerada a melhor data para o varejo brasileiro, o Natal deste ano deve movimentar R$68,4 bilhões na economia nacional. Segundo sondagem realizada pela Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL) e o Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil), em parceria com a Offer Wise Pesquisas, a estimativa é que 123,7 milhões de […]

Por Juliana Albuquerque

Considerada a melhor data para o varejo brasileiro, o Natal deste ano deve movimentar R$68,4 bilhões na economia nacional. Segundo sondagem realizada pela Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL) e o Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil), em parceria com a Offer Wise Pesquisas, a estimativa é que 123,7 milhões de pessoas devam ir às compras neste fim de ano, retornando ao patamar de consumo pré-pandemia

Presidente da CNDL, José César da Costa. Foto: Divulgação

“O Natal é o período mais aguardado do ano para consumidores e comerciantes e dá indícios de que a disposição dos brasileiros para consumir está retornando, ainda que aos poucos”, destaca o presidente da CNDL, José César da Costa. 

O levantamento ratifica outros estudos que apontam que mesmo com um cenário de alta de preços, desemprego ainda elevado e endividamento, as expectativas para as compras para o período natalino são positivas. Pesquisa recente da Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC), por exemplo, apontou que o faturamento do varejo brasileiro deve ser 3,8% superior ao do ano passado.

Ademilson Saraiva: avanço da vacinação explica otimismo/Divulgação

Segundo o economista da Fecomércio-PE e sócio da Ceplan Consultoria Econômica, Ademilson Saraiva, entre os motivos para o otimismo no cenário do varejo nacional, o avanço da vacinação e da imunização é um fator muito importante para isso, se não o principal fator. “Embora não menos desafiantes, as perspectivas sobre o curto prazo estão mais claras para os consumidores, agora que a maioria das atividades econômicas operam mais perto da normalidade, inclusive as aglomerativas, como as de eventos e entretenimento”, avalia o economista.

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Em termos de consumo, segundo Saraiva, os itens de menor valor agregado, como vestuário e calçados, perfumes e cosméticos, bolsas e acessórios, que já eram os mais significativos nos últimos anos, devem continuar sendo os mais procurados nas compras do final de 2021. “As vendas de produtos mais caros devem ficar mais restritas ao atendimento de necessidades mais urgentes ou produtos indispensáveis ao lar nesse fim de ano, em virtude da elevação geral de preços, que afeta o poder de compra”, estima Saraiva.

Temporários

Para atender o aumento da demanda de final de ano, de acordo com a CNC, a contração de mão de obra temporária deve ser a maior dos últimos oito anos, atingindo a marca de 94,2 mil postos de trabalho temporário no período.

“Em Pernambuco, por exemplo, segundo a Confederação, a oferta de vagas de trabalho temporárias será em torno de 2,3 mil empregos”, diz o economista, complementado que esse número de contratações no Estado se iguala ao observado antes da pandemia, no Natal de 2019.

Com base no levantamento, os segmentos que costumam demandar o maior volume de temporários para esse período são os hipermercados e supermercados e as lojas de vestuário e calçados. “Das 2,3 mil vagas, estima-se que 40,0% ocorrerão no segmento de hiper e supermercados, 21,2% no de vestuário e calçados e 16,7% em utilidades domésticas”, afirma o economista.

Não apenas o varejo, mas também os serviços de alimentação (bares e restaurantes) já funcionam com uma demanda relevante, em comparação com a fase mais crítica da pandemia. Eles voltaram a contratar visando esse período de aquecimento em que as pessoas poderão realizar confraternizações, diferente do ano anterior.

André Araújo, da Abrasel-PE, aposta em impacto do Auxílio Brasil para melhora dos números/Divulgação

O presidente da Associação Brasileira de Bares e Restaurantes em Pernambuco (Abrasel/PE), André Araújo, acredita que o aumento das contratações deve ficar dentro da média histórica tradicional do período, o que em Pernambuco corresponde a um incremento entre 10% e 12% nas contratações.

Segundo ele, fatores como aporte de recursos do Auxílio Brasil e aumento da população vacinada podem impactar ainda mais positivamente esse percentual.

“As chances de ultrapassar essa média histórica são grandes, haja vista que o consumo vem amentando aos poucos e teremos o aporte de entrada de recursos do Auxílio Brasil, que pode impactar ainda mais positivamente os números do setor”, comenta Araújo. Além disso, ele afirma que com o avanço da vacinação, as pessoas estão se sentindo seguras para se confraternizar. “As pessoas estão saudosas, querendo fazer confraternização com familiares e amigos, o que ajuda muito no movimento de bares e restaurantes no período”, reforça André Araújo.

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