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Setor sucroenergético de Alagoas firma acordo contra incêndios em canaviais

Medidas visam promover ações de combate a incêndios criminosos e campanhas educativas
Incêndios em canavial
Incêndios criminosos em canaviais tem impactado no preço de produtos e gerado preocupação para autoridades e produtores. Foto: O Guaíba/Divulgação

Empresas do setor sucroenergético de Alagoas assinaram um termo de compromisso para prevenir e combater incêndios criminosos em canaviais de Alagoas. A medida pretende frear danos que impactam diretamente a economia local e preservar o meio ambiente.

A assinatura do termo aconteceu durante um evento promovido pela Usina Santa Clotilde, que fica no município de Rio Largo, na Região Metropolitana de Maceió, que debateu medidas e outras estratégias focadas na prevenção de sinistros criminosos em canaviais.

Entre as medidas que foram pactuadas com a assinatura do termo estão o desenvolvimento de campanhas educativas nas comunidades próximas às áreas agrícolas, visando conscientizar pequenos produtores e moradores sobre os riscos e impactos dos incêndios, além de promover ações de proteção ao meio ambiente e à saúde pública.

O presidente da Federação da Agricultura de Alagoas (FAEAL), Álvaro Almeida, propôs a criação de um comitê específico para tratar o tema e disse que vai atuar para que seja marcado um encontro com representantes do governo de Alagoas para traçar um plano que intensifique as ações de fiscalização, bem como punição a quem for pego cometendo este tipo de crime.

Álvaro Almeida FAEAL
Álvaro Almeida, presidente da FAEAL, quer levar debate sobre incêndios criminosos ao Executivo do Estado para traçar medidas conjuntas. Foto: FAEAL

Confira as ações do termo de compromisso

1. Promover ações de prevenção e combate aos incêndios criminosos: Desenvolver e implementar medidas preventivas para reduzir a incidência de incêndios criminosos na região canavieira e em todo o estado de Alagoas.

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2. Sensibilizar e mobilizar a sociedade: Atuar junto às comunidades locais, empresas e instituições para conscientizar sobre os perigos e impactos dos incêndios criminosos, incentivando a colaboração de todos no combate a este crime.

3. Apoiar iniciativas de fiscalização e punição: Colaborar com as autoridades competentes para fortalecer a fiscalização e garantir que os responsáveis pelos incêndios criminosos sejam identificados e punidos conforme a lei.

4. Proteger o meio ambiente e a saúde pública: Adotar e promover práticas que visem a proteção dos recursos naturais, da fauna e flora, e da saúde das populações afetadas por incêndios.

5. Colaborar com a transição energética: Apoiar a produção de energias limpas e renováveis, alinhando-se aos esforços globais de descarbonização e redução das emissões de gases de efeito estufa.

Incêndios aumentam no Brasil

Dados do Instituto Nacional de Pesquisas apontam que o Brasil já registrou este ano mais de 109 mil focos de incêndio, aumentando em 78% a quantidade registrada no ano passado.

Os estados que mais têm registrado focos de queimadas são Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Pará e Amazonas.

Já no estado de São Paulo, os incêndios registrados afetaram quase 480 mil hectares em mais de oito mil propriedades. O prejuízo, segundo dados do setor sucroenergético paulista, devem ultrapassar os R$ 2 bilhões. A Secretaria de Agricultura e Abastecimento do Estado de São Paulo lançou um pacote de R$ 10 milhões para auxiliar produtores afetados por incêndios florestais.

Cada produtor afetado terá acesso a R$50 mil, com juro zero, para custeio emergencial, como despesas de manutenção e recuperação da produção.  

Já no Espírito Santo, a Lasa Linhares Agroindustrial – empresa que pertence ao grupo pernambucano JB – estima que vai perder nesta safra mais de R$ 2 milhões por causa da queimada no plantio da cana-de-açúcar nos canaviais da companhia no estado. Este ano, a Lasa Linhares Agroindustrial teve 600 hectares de cana-de-açúcar queimados. Somente um incêndio atingiu 400 hectares de canaviais, informou a empresa.

Leia mais: No ES, Lasa Agroindustrial perde mais de R$ 2 mi por causa dos incêndios

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