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Novos investimentos impulsionam cadeia do leite em Alagoas

Por Patrícia Raposo Investimentos privados e ações do governo estadual prometem impulsionar a cadeia do leite em Alagoas. Dono de um rebanho de 250 mil vacas ordenhadas, de uma produção que supera os 600 milhões de litros de leite e da maior produtividade do Nordeste, Alagoas agora se torna o estado que paga o melhor […]

Por Patrícia Raposo

Investimentos privados e ações do governo estadual prometem impulsionar a cadeia do leite em Alagoas. Dono de um rebanho de 250 mil vacas ordenhadas, de uma produção que supera os 600 milhões de litros de leite e da maior produtividade do Nordeste, Alagoas agora se torna o estado que paga o melhor preço pelo litro do leite vaca. Tudo isso em meio a investimentos de nova fábricas e maior oferta de crédito.

Visando o equilíbrio do preço do leite adquirido junto a produtores no Estado, o governador de Alagoas, Renan Filho, anunciou que pagará pelo litro do leite de vaca R$ 2,27, e pelo leite de cabra, R$ 3,20.

Com a pandemia, todos os preços subiram muito e o litro do leite ofertado pelo produtor chegou a mais de R$ 2,00/ Foto: Pixabay

A medida beneficia não só os agricultores familiares, mas também  os alagoanos em situação de vulnerabilidade social. Os recursos vêm de um programa conjunto do Governo do Estado e do Ministério da Cidadania, com orçamento anual de R$ 55 milhões.

“Com a pandemia, todos os preços subiram muito e o litro do leite ofertado pelo produtor chegou a mais de R$ 2,00, o que inviabilizou a compra pelo Programa do Leite”, recorda o secretário executivo de Agricultura do estado, Rodrigo Gaia.  Os estados que integram o programa solicitaram autorização para um reajuste e o Ministério da Cidadania lhes deu autonomia, limitando o reajustar em até 30%, a partir do valor base.

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“O nosso critério foi a orientação da Superintendência da Conab, que sugeriu um reajuste de 16,5%”, explica o Rodrigo Gaia, acrescentando que o equilíbrio do preço do leite vai fomentar a economia, beneficiar o produtor e cerca de 80 mil  que recebe fonte de alimento diário. 

Investimentos

Outros investimentos que beneficiarão a cadeia do leite são duas fábricas em Palmeira dos Índios: a da Nutrileite, que começa a levantar sua estrutura no Polo Multissetorial, e a do Laticínios Sertão. O estado aguarda ainda a confirmação dos investimentos de uma unidade da Italac.

O Governo do Estado ainda autorizou a compra de máquina para envase de leite condensado para a Cooperativa dos Produtores de Leite de Alagoas (CPLA).

Para o secretário de Agricultura, Pecuária, Pesca e Aquicultura, Maykon Beltrão, “esses investimentos vão permitir a comercialização do leite não só para o programa do leite como também para a fabricação de leite condensado, aumentando a renda dos pequenos produtores do Estado”.

Crédito

O governador autorizou ainda a liberação de crédito a baixo custo para cerca de 6 mil produtores de leite, por meio da Agência de Fomento de Alagoas, Desenvolve. A taxa de juros será de 0,65% ao mês, com prazo de 24 meses para pagamento e limite que varia entre R$ 2.625,00 até R$ 12.600,00 por beneficiário. 

Alagoas alcança 2.410 litros por animal, de acordo com dados coletados da Pesquisa da Pecuária Municipal (PPM) do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Isso faz do estado dono da maior produtividade leiteira do Nordeste. Com a produtividade de  2.410 litros por anima, Alagoas conta ainda com a quinta maior produtividade por animal ordenhado do país, ficando atrás apenas de Santa Catarina (3.817 litros), Rio Grande do Sul (3.610 litros), Paraná (3.324 litros) e Minas Gerais (3.012 litros).

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