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Chinesa Spic vai investir R$ 780 mi em parque eólico no Rio Grande do Norte

O novo parque eólico da Spick do Brasil vai ficar na região de Touros, no Rio Grande do Norte e deve entrar em operação em 2026
Vale dos Ventos, parque eólico da Spick do Brasil, em Mataraca, na Paraíba. Foto: Site da Spick

A empresa chinesa Spic no Brasil vai investir R$ 780 milhões para implantar um parque eólico na região de Touros, no Rio Grande do Norte. As obras devem começar nos próximos dias. E a intenção da empresa é colocar o parque em operação em 2026. O empreendimento vai ter a capacidade instalada de 105,4 megawatts (MW) de capacidade instalada.

Vão ser instalados 17 aerogeradores, cada um com 6,2 MW de potência instalada. O empreendimento terá que resolver algumas pendências, como a questão fundiária de 115 propriedades por onde o parque vai passar e também ainda faltam as licenças ambientais das linhas de transmissão que vão escoar a energia a ser produzida.

A companhia é uma subsidiária da chinesa State Power Investiment Corporation of China (Spic) que está fazendo uma concorrência pública para definir a empresa quem vai fornecer os equipamentos a serem utilizados no parque. O empreendimento vai vender energia para o mercado livre, aquele no qual o cliente pode escolher a sua fornecedora de energia.

A intenção da empresa é construir o empreendimento com 60% dos recursos vindo de terceiros e 40% dos recursos com capital próprio. A empresa fechou um financiamento de R$ 282 milhões em janeiro de 2023 com o Banco do Nordeste (BNB).

O anúncio de início das obras ocorre num momento em que os investimentos do setor estão em compasso de espera por vários motivos. Primeiro, há uma oferta maior de energia do que a demanda. Vários fabricantes de equipamentos do setor eólico paralisaram as linhas de produção que fabricavam equipamentos para o setor, como ocorreu com a WEG e a Siemens Gamesa, que produziam aerogeradores, entre outras. E uma parte das empresas espera a regulamentação de setores como o de hidrogênio verde – que pode alavançar o segmento eólico no Brasil – para definirem os seus investimentos.

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Segundo informações da CEO da Spic no Brasil, Adriana Waltrick, a empresa está no Brasil olhando para o longo prazo.

A organização também tem interesse em projetos de hidrogênio verde (H2V) e de eólicas off shore (em alto mar) próximos aos portos de Açu, no Rio de Janeiro, e o de Pecém, nas proximidades de Fortaleza, no Ceará.

A Spic no Brasil também é dona da hidrelétrica São Simão, localizada na divisa entre os Estados de Minas Gerais e Goiás. Foto: site da Spic/ Divulgação

Atuação da Spick no Brasil

Fundada em 2015, depois da união entre as empresas China Power Investment Corporation e SNPTC. A Spick é um dos cinco principais grupos geradores de energia da China e a maior geradora de energia solar do mundo com uma capacidade total instalada de 176 GW, em 46 países. A intenção da empresa é crescer pelo menos 20 GW por ano e trazer 10% disso para o Brasil, de acordo com Adriana Waltrick.

No Brasil, a Spick do Brasil está à frente da Usina Hidrelétrica São Simão, na divisa entre os estados de Minas Gerais e Goiás, dois parques eólicos na Paraíba – Millennium e Vale dos Ventos – e tem participação no maior complexo de gás natural da América Latina, o GNA (Gás Natural Açu), em São João da Barra (RJ). São mais de 235 funcionários alocados em São Paulo (SP), Natal (RN), São Simão (GO) e Mataraca (PB).

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