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Sicredi: Desenvolvimento econômico e social através de cooperativas de crédito

O diretor-presidente do Banco Sicredi Cooperativo, César Bochi, mostrou a presença nacional da instituição
O diretor-presidente do Banco Sicredi Coorporativo, César Bochi, mostrou a presença nacional da  e o potencial de crescimento da instituição. Foto: Reprodução/Linkedin.
O diretor-presidente do Banco Sicredi Cooperativo, César Bochi, mostrou a presença nacional da e o potencial de crescimento da instituição. Foto: Reprodução/Linkedin.

PORTO ALEGRE – O Sistema de Crédito Cooperativo, Sicredi, apresentou sua atual performance e planejamento, no Encontro Nacional com Jornalistas e Formadores de Opinião, que aconteceu nos dias 10 e 11 de outubro, nas cidades de Porto Alegre e Nova Petrópolis, no estado do Rio Grande Sul. O Movimento Econômico foi convidado a participar desta imersiva experiência, que reuniu mais de 60 profissionais da área, sobre o cooperativismo de crédito promovido pela instituição, que aguarda a chegada do Dia Internacional das Cooperativas de Crédito (DICC), em 19 de outubro. O presidente do Conselho de Administração da SicrediPar, Fernando Dall’Agnese, apresentou a estrutura oferecida pelo Sicredi nas dependências da sede porto-alegrense.

O diretor-presidente do Banco Sicredi Cooperativo, César Bochi, mostrou a presença nacional da instituição. Dados do Panorama do Sistema Nacional de Crédito Cooperativo (SNCC) do Banco Central (BC), divulgados em julho passado, mostraram que o cooperativismo de crédito é um elemento essencial na promoção da inclusão financeira da população brasileira. O número de associados no país já chega a 15,6 milhões de pessoas físicas e jurídicas, sendo que quase 45% estão ligados ao Sicredi, que tem mais de 7 milhões de associados. Ao final do primeiro semestre deste ano, os associados à instituição se dividiam em: 75% Pessoas Físicas (PF), 14% Pessoas Jurídicas (PJ) e 11% Agro. Em julho passado, também foi superada a marca de 1 milhão de associados PJ, sendo que, destes, 22% são microempreendedores individuais (MEI), 73% Micro e Pequenas Empresas e 5% Médias e Grandes. Outro recorte é que, dos mais de 700 mil associados agro, 84,6% são da agricultura familiar, 10,9% são produtores de porte médio e 4,5 % são produtores de grande porte.

César Bochi mostrou a efetividade das ações das 105 cooperativas associadas, dos mais de 2,5 mil pontos de atendimento e 40 mil colaboradores. Ainda de acordo com Panorama do SNCC, 55,3% dos municípios brasileiros contavam com pelo menos uma unidade de atendimento de cooperativas de crédito (semelhante às agências bancárias). O Sicredi vem expandindo em quase 50% o número de agências desde 2018. Em mais de 200 municípios é a única instituição financeira com presença física, ofertando mais de 300 produtos e serviços financeiros e não financeiros. O agronegócio e o crescimento da associação das pessoas jurídicas estão entre as principais apostas de Bochi.

César Bochi, diretor-presidente do Banco Sicredi Cooperativo. Foto: Reprodução/Linkedin.

“Uma coisa, o agro, a gente está super bem no agro. Temos quase 60 bilhões no agro nesse ano. Um segmento que está crescendo muito é a pessoa jurídica. Como o Sicredi pode ser uma alternativa para as pessoas jurídicas, porque pela pessoa jurídica chegamos ao colaborador da pessoa jurídica. Se você pegar esse um milhão de associados que nós temos aqui, PJ, quantos colaboradores não temos? Eu não falo sobre folha de pagamento, porque senão vai abrir a folha de pagamento, cai o dinheiro, sai o dinheiro. Não adianta. Eu acho que as pessoas jurídicas também, com qualquer abordagem ou cooperativa, podem abrir as portas para organizar localmente uma ação de educação financeira”, disse César Bochi.

O investimento em tecnologia somado à presença física da instituição junto à população para melhor compreender as potencialidades e o contexto de cada localidade também é uma das ferramentas utilizadas para aumentar o alcance do Sicredi.

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“A gente precisa de resultado. Sem resultado, a gente não consegue ter mais patrimônio, não consegue crescer. A gente está colocando cada vez mais o lado humano das relações, usando tecnologia como facilitador do dia a dia, mas sem substituir, de fato, a confiança que as relações existem, que me trazem entender o local, o entendimento que tem de melhor para o associado e para a comunidade”, ressaltou Bochi.

NA PONTA DO LÁPIS

O diretor-executivo de Sustentabilidade, Administração e Finanças do Sicredi, Alexandre Barbosa, acredita na educação financeira como ferramenta de transformação social. Foto: Reprodução/Linkedin.
O diretor-executivo de Sustentabilidade, Administração e Finanças do Sicredi, Alexandre Barbosa, acredita na educação financeira como ferramenta de transformação social. Foto: Reprodução/Linkedin.

Para o diretor-executivo de Sustentabilidade, Administração e Finanças do Sicredi, Alexandre Barbosa, a educação financeira funciona como ferramenta de transformação da sociedade, já que o Sicredi considera a sustentabilidade na gestão do negócio, com foco na ampliação do impacto positivo que causa e gera valor para os associados e comunidades. Para tanto, foi criado o programa Na Ponta do Lápis, que foi desenvolvido para transformar o comportamento financeiro de crianças, colaboradores, associados e não associados, sendo aplicado por meio de cursos nos municípios, nas escolas e comunidades.

“Temos um potencial para promover impacto social para além dos nossos mais de 7 milhões de associados, com efeitos que se multiplicam e apoiam o desenvolvimento das diferentes regiões onde atuamos. Em cada projeto realizado, temos levado esse assunto para crianças, professores, pessoas colaboradoras e comunidade em geral. Com linguagem simples e impactante e uso de conteúdos personalizados. É muito bacana ver como geramos sensibilização e mudança de comportamento”, ressaltou Barbosa.


BANCO CENTRAL

Harold Espínola, chefe do Departamento de Supervisão de Cooperativas e de Instituições Não Bancárias do Banco Central do Brasil, sabe que as cooperativas têm potencial para crescimento no Brasil. Foto: Reprodução/Linkedin.

O chefe do Departamento de Supervisão de Cooperativas e de Instituições Não Bancárias do Banco Central do Brasil, Harold Espínola, pontuou o potencial de expansão das cooperativas a partir de exemplos de países como a França, que têm 70% da população dentro do sistema. “O espaço para o crescimento do cooperativismo é gigante. E, lógico, toda a tecnologia nesse mundo digital, pega muito fácil”, disse.

Espínola também avisou que as cooperativas poderão aderir ao Drex, que é a representação digital do real. Uma moeda que será emitida na plataforma digital do Banco Central (BC) e registrada em blockchain – mecanismo de banco de dados avançado que permite o compartilhamento transparente de informações na rede de uma empresa. O real tradicional continuará a existir, tanto no formato de cédulas e moedas, quanto nos depósitos em bancos.

“As cooperativas, sim, participam do consórcio da implementação do DREX e as primeiras operações realizadas elas participaram, então as cooperativas têm um protagonismo tanto no DREX como no Open Finance, um sistema cooperativo, é altamente desenvolvido tecnologicamente, então fica muito fácil a participação nesse ambiente, que é totalmente tecnológico e digital. Da mesma forma que o PIX. Eu acho que o DREX talvez não tenha, não viralize como o PIX, porque ele não vai entrar, não é todo dia que você compra um apartamento, não é todo dia que você compra um carro, não é todo dia que você faz uma coisa dessa, mas ele vai entrar também na realidade do cidadão brasileiro”, avisou.

SICREDI PIONEIRA

O presidente da Sicredi Pioneira, Tiago Schimdt, acredita no potencial do Nordeste para ampliação da atuação do Sicredi. Foto: Mauro Stoffel.
O presidente da Sicredi Pioneira, Tiago Schimdt, acredita no potencial do Nordeste para ampliação da atuação do Sicredi. Foto: Mauro Stoffel.

NOVA PETRÓPOLIS – Na cidade de Nova Petrópolis, localizada a 87 quilômetros do Porto Alegre, fica a sede da Sicredi Pioneira, a primeira cooperativa de crédito da América Latina e primeira instituição financeira privada do País. O presidente da Sicredi Pioneira, Tiago Schimdt, acredita que a metodologia para a ampliação do Sicredi no Nordeste, por exemplo, deve partir da mesma matriz da primeira, mas compreendendo as particularidades de cada região.

“As cooperativas de crédito que já existiam aqui no Rio Grande do Sul, Paraná, Santa Catarina, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, começam a acelerar porque já estavam montadas e a gente percebe logo em 2014, 2015, uma possibilidade de também atuar forte no Norte e Nordeste do país, especialmente pelo impacto que geraria para as comunidades. Desde essa época presente no Norte e Nordeste, nós temos as cooperativas crescendo muito, especialmente no estado do Ceará e da Paraíba nos últimos anos. Mas existe um potencial enorme no Recife, existe um potencial enorme na Bahia, os estados do Nordeste têm um potencial enorme e a gente está numa velocidade bem intensa de abertura de novas agências, só esse ano são praticamente 235 agências que o Sicredi vai abrir em todo o Brasil, grande parte delas no Norte e Nordeste”, disse Schimdt.

NORDESTE

A Central Nordeste planeja abrir 74 novas agências do mês de agosto/23 até dezembro/2026. “Acompanhando o movimento nacional de expansão de associados para 10 milhões até 2025, a região Nordeste está empenhada em proporcionar a inclusão financeira para a população nordestina, por meio dos mais de 300 produtos e serviços acessíveis nas agências e de forma online, através dos nossos canais digitais”, ressalta Ricardo Passos, diretor de Desenvolvimento da Central Sicredi Nordeste. O número atual de associados na região Nordeste: 237 mil.

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