Pernambuco pretende neutralizar as emissões de carbono na atmosfera até o ano de 2050. O compromisso consta no Plano de Descarbonização lançado nesta quarta-feira (16), durante a abertura da I Conferência Internacional de Resíduos Sólidos – Cirsol, que acontece no Recife. O decreto assinado pelo governador Paulo Câmara (PSB) pretende reduzir a emissão de gases do efeito estufa e contribuir com o esforço para evitar o aumento do aquecimento global e suas consequências.
As medidas contidas no Plano de Descarbonização de Pernambuco devem ter impacto em praticamente todos os setores, entre os quais energia, indústria, transportes, resíduos, agricultura, florestas e uso do solo. O governo também criou o Comitê Estadual Pernambuco Carbono Neutro (Cepen) para apoiar e monitorar a implementação do plano.
“Pernambuco foi o primeiro estado a fazer o inventário dos gases de efeito estufa. Estamos com isso totalmente mapeado e agora temos a oportunidade de iniciar nosso Plano de Descarbonização, carbono neutro até 2050. A ideia é promover o desenvolvimento sustentável, para que possamos aliar as atividades econômicas com o desenvolvimento social, sempre garantindo o meio ambiente protegido”, afirmou Paulo Câmara.
O documento que oficializa o compromisso do estado com a sustentabilidade foi elaborado com ajuda da União Europeia. “Também tivemos apoio das universidades brasileiras e das nossas instituições, que traçam uma linha até 2050, como prevê o painel da ONU da emergência climática, de neutralizar as nossas emissões, modificando os processos produtivos da indústria, do setor de serviços e de setores governamentais, gerando qualidade, cuidando do meio ambiente e criando empregos verdes para a nossa população”, destacou José Bertotti, secretário estadual de Meio Ambiente e Sustentabilidade de Pernambuco.
Cirsol prossegue até sexta
A I Conferência Internacional de Resíduos Sólidos segue até a sexta-feira (18) com uma programação que inclui debates, oficinas, workshops e feiras de negócios sobre inciativas ligadas ao meio ambiente e às mudanças climáticas que permeiam as agendas nacional e internacional.
A conferência pretende ampliar o debate sobre resíduos sólidos de forma multissetorial, com o objetivo de estimular ações que estejam em sintonia com os compromissos assumidos com a Agenda 2030 da ONU, um plano de ação global que reúne 17 objetivos de desenvolvimento sustentável (ODS) e 169 metas.
O governo federal, por meio do Ministério do Desenvolvimento Regional, também participa da conferência com dois painéis que tem como objetivo orientar municípios brasileiros sobre o cumprimento das metas estabelecidas pelo Marco Legal do Saneamento e manejo dos Resíduos Sólidos Urbanos (RSU).
Uma das atividades é sobre as ferramentas de gestão sustentável de resíduos sólidos que permitam que empresas privadas e instituições acadêmicas possam atuar de forma conjunta para o desenvolvimento do mercado de RSU, respeitando o meio ambiente, preservando os recursos e gerando empregos, como consequência das boas práticas sustentáveis.
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