A criação de empregos formais no Brasil subiu 21,1% em setembro em relação ao mesmo mês do ano passado. Segundo dados divulgados pelo Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), do Ministério do Trabalho e Emprego, foram 247.818 novos postos de trabalho com carteira assinada, resultado da diferença entre contratações e demissões. Os destaques na criação de empregos em setembro no país foram São Paulo (+57.067 postos), Rio de Janeiro (+19.740) e Pernambuco (+17.851).
Todas as cinco regiões brasileiras criaram empregos com carteira assinada em setembro. O Sudeste liderou a abertura de vagas, com 98.282 postos a mais, seguido pelo Nordeste, com 77.175 postos. Em seguida, vem o Sul, com 38.140 postos. O Norte abriu 15.609 postos de trabalho, e o Centro-Oeste criou 15.362 vagas formais no mês passado, tendo o menor desempenho por causa do fim da safra.
Nos nove primeiros meses do ano, foram abertas 1.981.557 vagas. Esse resultado é 24% mais alto que no mesmo período do ano passado. A comparação considera os dados com ajustes, quando o Ministério do Trabalho registra declarações entregues fora do prazo pelos empregadores e retifica os dados de meses anteriores.
O resultado acumulado é o maior desde 2022, quando tinham sido criados 2.181.100 postos de trabalho de janeiro a setembro. A mudança da metodologia do Caged não torna possível a comparação com anos anteriores a 2020.
Empregos por setores
Na divisão por ramos de atividade, quatro dos cinco setores pesquisados criaram empregos formais em setembro. A estatística foi liderada pelos serviços, com a abertura de 128.354 postos, seguidos pela indústria (de transformação, de extração e de outros tipos), com 59.827 postos a mais. Em terceiro lugar, vem o comércio, com a criação de 44.622 postos de trabalho.
O nível de emprego aumentou na construção civil, com a abertura de 17.024 postos. Com a pressão pelo fim da safra de vários produtos, a agropecuária foi o único setor com saldo negativo, eliminando 2.004 vagas no mês passado.
Empregos no Nordeste
No Nordeste, o saldo de empregados com carteira assinada cresceu 4,45% em setembro em comparação ao mesmo mês do ano passado. Foram 318.955 admissões e 241.780 desligamentos no mês, gerando saldo de 77.175.
Com saldo de 17.851 empregos gerados, Pernambuco liderou o ranking regional, seguido por Alagoas (15.420), Bahia (14.886) e Ceará (9.522). Os demais estados tiveram um resultado menor: Sergipe (5.658), Rio Grande do Norte (4.981), Maranhão (4.237), Paraíba (3.631) e Piauí (989).
Em relação ao acumulado dos nove primeiros meses do ano, a Bahia tem o melhor resultado, com saldo de 96.462. Pernambuco tem 61.699 e Ceará 31.488, mesmo número alcançado pelo Rio Grande do Norte. Seguem Paraíba (23.961), Maranhão (20.914), Alagoas (17.616), Piauí (16.474) e Sergipe (14.750).
Por setor, Serviços é o que responde pelo maior números de empregos formais em setembro no Nordeste. O maior saldo de empregos gerados foi no setor de Serviços. Foram 26.792 no mês, o que representa 34,7% do volume total. Indústria, com 25.417 postos, vem em seguida, bem acima de Comércio (10.919), Agropecuária (7.665) e Construção (6.383).
*Com informações da Agência Brasil
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