As empresas de tecnologia vivem um novo momento desde a pandemia de Covid-19, que, entre 2020 e 2022, antecipou processos de transformação digital que estavam previstos para toda esta década. Com a cibersegurança – ou segurança cibernética –, não é diferente. Somente em 2024, o setor deve movimentar no Brasil o equivalente a R$ 8,8 bilhões, conforme levantamento da International Data Corporation (IDC). E parte desses resultados tem o Nordeste como seu ponto de partida.
Integrante do Lanlink, grupo com mais de 1,3 mil colaboradores, 35 anos de atuação e considerado o maior do Norte/Nordeste em tecnologia da informação e comunicação, a Trust Control, especializada em segurança cibernética, prevê um crescimento de 30% para este ano. Fundada no Ceará e com bases em Pernambuco e Minas Gerais, a empresa já vem de outro resultado positivo no ano passado – uma alta de 20% nos resultados financeiros no comparativo com 2022.
Para o CEO da Trust Control, Alberto Jorge, esses dados demonstram que a expansão do mercado de cibersegurança segue a todo vapor mesmo após o fim oficial da pandemia de Covid-19, declarado pela Organização Mundial da Saúde (OMS) em maio de 2023. Além disso, conta a favor a atuação predominantemente remota, que barateia custos com sedes físicas e usa todo o potencial da tecnologia para proporcionar atendimentos de qualidade para os clientes.
“Estamos presentes em praticamente todos os estados do país, porque a nossa prestação de serviço é prioritariamente remota, mas a nossa base principal, onde temos colaboradores, com atuação mais forte, é no Ceará, em Pernambuco e Minas Gerais. Neste ano, queremos fortalecer nossa presença e abrir os mercados de Brasília e São Paulo”, antecipa.
Varejo e serviços na mira dos ataques cibernéticos
Não é à toa que a carteira de clientes do setor de cibersegurança tem a predominância de empresas de varejo e serviços. Conforme a edição mais recente da Pesquisa Nacional de BugHunt de Segurança da Informação, divulgada no ano passado, mais de um quarto das empresas brasileiras havia sofrido ataques cibernéticos em 2022, a maioria delas, da área de tecnologia, comércio e serviços. O número de ocorrências foi 8% maior que o registrado em 2021, no auge da pandemia.
O levantamento indicou ainda que 49% das empresas pesquisadas investem mais de R$ 300 mil em cibersegurança com o objetivo de evitar ataques feitos pela internet e de se adequar à Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD), que define responsabilidades em caso de vazamento de informações pessoais de consumidores e funcionários, por exemplo.
Setor financeiro é a aposta da cibersegurança
No caso da Trust Control, os ramos de predominância de clientes não fogem à regra: comércio, serviços e indústria. Mas a empresa enxerga potencial também no setor financeiro, que tem a cibersegurança como ponto sensível. A companhia destaca um case de sucesso com o Banco do Nordeste, para o qual unificou soluções que eram conduzidas por quatro prestadores diferentes e viabilizou uma visão integrada do ambiente de rede para detectar ameaças cibernéticas de maneira precoce.
“O setor financeiro normalmente puxa os investimentos de segurança cibernética no mercado como um todo. Por isso, temos a expectativa de realizar alguns projetos nesse segmento, ampliando nossos resultados”, completa o CEO da Trust Control, citando como diferenciais um centro de gerenciamento de serviços e um centro de monitoramento continuado, que permitem monitorar eventos cibernéticos com ações proativas e dar respostas rápidas a eventuais incidentes no ambiente digital.
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