TI Saúde, startup do Porto Digital, expande conexão entre pacientes e área médica

Etiene Ramos No mercado há cinco anos, a startup TI Saúde está se tornando uma grande rede de conexão entre médicos, pacientes e planos de saúde. Com sede no Porto Digital, polo de tecnologia do Recife, a empresa foi criada por três irmãos, de áreas bem distintas: Fred, engenheiro de sistemas; Flávio, advogado; e Fábio, […]
Etiene Ramos
Etiene Ramos
Jornalista

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Fábio Revoredo, Fred e Flávio Rabelo: irmãos no comando da TI Saúde – Foto Carlos Ezequiel Vannoni

No mercado há cinco anos, a startup TI Saúde está se tornando uma grande rede de conexão entre médicos, pacientes e planos de saúde. Com sede no Porto Digital, polo de tecnologia do Recife, a empresa foi criada por três irmãos, de áreas bem distintas: Fred, engenheiro de sistemas; Flávio, advogado; e Fábio, médico. 

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Juntando as experiências, eles começaram com foco em sistemas de gestão para clínicas e consultórios de todas as especialidades e, logo no primeiro ano, receberam um investimento-anjo do grupo SAINTS, liderado pelo cientista e empreendedor digital Sílvio Meira, que havia sido professor de Fred, na Universidade Federal de Pernambuco. “Só então contratamos nosso primeiro funcionário. Em 2019 eram 11 e hoje já são 48. Todos atendendo uma rede que reúne oito mil médicos do país”, declara Fred Rabelo, CEO da TI Saúde.

A pandemia da covid-19 quadruplicou o quadro de pessoal com a aceleração de demandas por parte de todos os atores da área de saúde, além de governos municipais que também precisavam atender a população no auge da crise. A empresa já tinha ampliado o sistema de gestão para uma plataforma que conectava o paciente. o médico e os planos de saúde e que poderia realizar teleconsultas, na expectativa de que elas seriam autorizadas no Brasil pelo Conselho Federal de Medicina – o que aconteceu durante a pandemia. 

“Tínhamos a tecnologia pronta e o mercado mudou. No pós-pandemia os médicos perceberam as necessidade de estar mais próximos dos pacientes e poderem consultar prontuários, realizar prescrições digitais e outras atividades usando tecnologias que já estavam disponíveis mas, não sei o motivo, ainda demoravam a ser acessadas”, observa o CEO, constatando que a área de saúde ainda está descobrindo as diversas possibilidades das tecnologias.

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A chegada do 5G irá acelerar esse processo e, segundo ele, a falta de internet ou falhas de conexão, mesmo em cidades do interior, já melhoraram muito, especialmente pela expansão de provedores locais. A plataforma da TI Saúde é usada, por exemplo, pelo Hospital das Clínicas, do Recife, e permite que médicos da unidade interajam com outros que estão a serviço num navio, em Manaus, e precisam tratar de casos específicos.

Segunda opinião 

A prática, conhecida como segunda opinião, é uma das formas de teleconsultoria que podem ser realizadas via plataforma da TI Saúde ou outras que sigam as exigências do Conselho Federal de Medicina e a Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD), e não simplesmente de um APP de reuniões ou mensagens virtuais. “A consulta virtual segue o mesmo parâmetro de confidencialidade e registros obrigatórios  de uma consulta presencial ou uma conversa técnica entre médicos. Para iniciar uma teleconsulta, o médico precisa usar um sistema seguro e ter seu código de acesso ou assinatura digital registrado. Isso também é exigido quando os profissionais precisam avaliar algum caso de paciente”, explica Fred Rabelo.

Sócio da Clínica Médica do Hospital Português, no Recife, o médico Eduardo Faria, já usava a plataforma da TI Saúde e agora está instalando uma sala de segunda opinião para seus clientes poderem consultar médicos de qualquer lugar do mundo, sem sair da capital pernambucana. “Há casos em que uma família quer ouvir uma segunda opinião de um especialista, às vezes de outro país, e daremos todo o suporte médico para isso. Iremos falar com o especialista, narrar o tratamento e procedimentos já adotados e disponibilizar exames para que ele possa analisar tudo, previamente. No dia e hora marcados para a teleconsultoria, a família poderá se reunir com seu médico assistente na sala da segunda opinião para, juntos, falar com o especialista e ouvir o seu parecer”, explica Faria, lembrando que todos os parâmetros da LGPD são adotados. “Os dados de saúde são considerados dados sensíveis e a plataforma segue todos os parâmetros exigidos para proteger as informações dos pacientes e profissionais de saúde”, reforça Rabelo.

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