Bancos podem fechar as portas se não investirem em digitalização

É o que aponta pesquisa feita junto a 500 executivos sêniores de bancos do mundo inteiro Da redação Pesquisa da The Financial Times Focus (FT Focus) e da Mambu, fintech alemã líder mundial em soluções bancárias na nuvem, revela que mais de dois terços (71%) dos executivos de bancos da América Latina e 67% do mundo todo […]

É o que aponta pesquisa feita junto a 500 executivos sêniores de bancos do mundo inteiro

Da redação

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Pesquisa da The Financial Times Focus (FT Focus) e da Mambu, fintech alemã líder mundial em soluções bancárias na nuvem, revela que mais de dois terços (71%) dos executivos de bancos da América Latina e 67% do mundo todo acreditam que irão perder participação de mercado dentro de dois anos se não investirem em digitalização.

Os resultados do estudo Evolve or be extinct (“Evolua ou seja extinto”, em português) reforçam a urgência na modernização das ofertas dessas instituições, uma vez que 44% dos entrevistados da América Latina e 58% no mundo preveem o fim de seus negócios dentro dos próximos cinco ou dez anos, a não ser que mudem radicalmente seus modelos de negócio.

A pesquisa ouviu mais de 500 executivos sêniores de bancos do mundo inteiro, inclusive do Brasil, para compreender suas percepções do setor bancário atualmente e para o futuro.

O futuro é das Big Techs

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A pesquisa traz uma percepção importante entre os executivos: de acordo com 78% dos entrevistados na América Latina e 74% no mundo, gigantes da tecnologia como Amazon e Google serão os donos das maiores fatias de mercado do setor bancário em apenas cinco anos. Segundo o estudo, esse é o momento ideal para os bancos fazerem investimentos significativos em suas ofertas digitais.

Foto: Pixabay

E foi a América Latina a região, mais do que qualquer outra no mundo, que utilizou a pandemia de Covid-19 como um acelerador de uma mudança que será permanente. A pesquisa revela que a crise sanitária foi uma das influências mais importantes para o desenvolvimento de estratégias digitais e uma oportunidade para os bancos redefinirem seus relacionamentos com os clientes por meio da inclusão financeira. Em toda a região, 57% dos executivos veem o aumento da inclusão financeira como um dos maiores benefícios para a construção de um modelo bancário centrado no cliente por meio da transformação digital.

Oitenta e três por cento (83%) dos líderes do setor de bancos de varejo da América Latina e 81% dos respondentes mundiais concordam que substituir modelos mais conservadores por um propósito social progressivo é vital para suas estratégias de crescimento. Isso ficou claro com a perda de importância de conceitos baseados somente em “lucro” e “aumento de ganhos” na lista de prioridades dos bancos, principalmente quando consideramos suas jornadas rumo a um modelo bancário centrado no cliente.

Progresso ainda é lento

O estudo destaca, contudo, o lento progresso nesta direção e os desafios que os bancos enfrentam ao se afastarem dos serviços tradicionais legais rumo ao digital. Menos da metade dos executivos entrevistados descrevem as estratégias digitais dos seus bancos como “maduras” ou “avançadas”, refletindo a necessidade de uma colaboração maior dentro da comunidade bancária, bem como um maior aproveitamento das oportunidades de inovação do pujante ecossistema de fintechs por parte dos players com mais visão de futuro.

“Os últimos 18 meses mostraram aos bancos a importância de uma oferta digital robusta e ágil. Entre os entrevistados mundiais, 53% admitem estar correndo risco de perder as metas da transformação digital, índice também afirmado para 45% dos executivos latinos que foram entrevistados. Está na hora de prestar atenção em quem lidera a corrida rumo a esta nova era. Estamos falando das fintechs, pequenos bancos de varejo recém-criados e outros players com abordagens inovadoras, que priorizam os serviços com propósito e experiências inéditas para seus clientes”, comenta Elliott Limb, CCO da Mambu.

Mas, ainda que esses players visionários enxerguem os benefícios da transformação digital, percepções ultrapassadas acerca do setor bancário estão desacelerando o progresso em um momento em que as metas ESG e a experiência do consumidor são apontadas como os principais motores de crescimento do futuro.

“O estudo mostra as abordagens divergentes do setor bancário em relação à transformação digital. Embora os bancos de varejo tenham demorado para responder às mudanças no comportamento do consumidor provocadas pela pandemia, há um grupo que chamamos de ‘evolucionistas digitais’ que contraria essa tendência. Além disso, esses players podem ajudar quem está no final da fila da jornada digital a acelerar seu processo de transformação, principalmente devido ao alto índice de desbancarizados que ainda vemos no Brasil, indicando o caminho a seguir, além de comprovar o sucesso de uma abordagem centrada no cliente”, afirma Sergio Costantini, diretor-geral da Mambu no Brasil.

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