Por Patrícia Raposo
Você já imaginou fazer uma consulta médica através da plataforma de sua operadora de celular? Falta pouco para isso acontecer. Nos próximos dias, a Vivo vai anunciar como funcionará o seu serviço de telemedicina. Com essa novidade, essa telecom avança mais no ilimitado mundo dos novos negócios gerados pelos dados.
Depois de ter criado um hub digital, que reúne serviços que abraçam desde operações no setor financeiro, como o Vivo Money, à plataforma de soluções de assistência residencial e tecnológica, o Vivo Assistência Casa, a Vivo se associou a uma das maiores healtech do mundo, a norte-americana Teladoc Health, para passar a prestar serviços no campo da telemedicina. E nos próximos dias vai apresentar o novo produto resultante desta parceria.
“Não será um plano de saúde”, antecipa Rodrigo Gruner, diretor de Inovação e Novos Negócios da Vivo, em conversa com o Movimento Econômico. Trata-se de uma plataforma de saúde e bem-estar, com foco em pessoas que não têm plano de saúde, mas querem um serviço adicional ao que recebem na saúde pública.
“A Vivo identificou a oportunidade e, por isso, essa parceria com Teladoc. A proposta de valor dos serviço é a telemedicina, com teleconsulta”, sinaliza Gruner. O serviço será prestado por médicos chancelados pela Teladoc, todos de São Paulo, base da empresa no Brasil. “No começo teremos médicos generalistas e pediatras. Mas partiremos para outras especialidades na sequência”, diz o diretor.
O serviço será oferecido para clientes e não clientes, onde os primeiros contarão com descontos. Mas, em ambos os casos, é possível fazer uma assinatura anual, embora as consultas também possam ser pagas isoladamente.
“Tudo isso está relacionado com nossos propósito, que é digitaliza para aproximar. E a linha mestra é usar a tecnologia para aproximar pessoas, aproximar pessoas da tecnologia e de outros serviços”, ressalta o diretor.
Essa movimentação da Vivo vai possibilitar a fidelização dos atuais clientes por meio da oferta de um serviço muito demandado, assim como estimulará a captura de novos. Além disso, a operadora contribuirá para que o paciente que esteja num local remoto ou com dificuldade de deslocamento possar ter acesso a um médico, a qualquer hora do dia ou da noite. Dará condições ainda aos médicos ampliarem a possibilidade de atuar remotamente, reduzindo seus custos.
E não há limites. Rodrigo Gruner ressalta que já existem tecnologias que estão bem avançadas no monitoramento à distância dos pacientes, com algoritmos que fazem a leitura, através da câmera frontal do celular, da temperatura, do ritmo da respiração e da pressão arterial do paciente. São tecnologias que ainda não estão regulamentadas no Brasil, mas isso é questão de tempo.
O que vem pela frente é difícil de mensurar, mas ao atuar mais amplamente no valioso mercado de dados, a telecom se credencia a subir sua posição no ranking das empresas mais valiosas do mercado.
