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Violência como epidemia: anuário destaca triste liderança do NE e da BA

A última edição do Anuário Brasileiro de Segurança Pública (FBSP), divulgada nesta quinta-feira (18), traz números impactantes sobre a violência no Nordeste. Os dados revelam que das 10 cidades mais violentas em 2023, seis estão na Bahia. O estado baiano também é destaque entre as 10 cidades em que a polícia mais matou, com uma […]
Anuário Brasileiro de Segurança Pública violência Bahia
A Bahia reúne o maior número de cidades onde a polícia mais matou, segundo Anuário de Segurança Pública. Foto: Mídia Ninja/Reprodução

A última edição do Anuário Brasileiro de Segurança Pública (FBSP), divulgada nesta quinta-feira (18), traz números impactantes sobre a violência no Nordeste. Os dados revelam que das 10 cidades mais violentas em 2023, seis estão na Bahia. O estado baiano também é destaque entre as 10 cidades em que a polícia mais matou, com uma de suas cidades aparecendo em primeiro lugar no ranking – ao todo, cinco cidades são baianas.

As cidades baianas mais violentas são, pela ordem: Camaçari, Jequié, Simões Filho, Feira de Santana, Juazeiro e Eunápolis. Já as cidades onde mais a polícia matou são Jequié, Eunápolis, Simões Filho, Salvador e Luís Eduardo Magalhães.

Mas a Bahia não está sozinha no ranking das cidades mais violentas. Lá aparece mais uma cidade nordestina, Maranguape, no Ceará, que está na oitava posição. No ranking das cidades em que a polícia mais matou, outro estado nordestino também é destaque: Sergipe. As cidades de Itabaiana e Lagarto aparecem na quinta e novo posições, respectivamente.

Nestas seleções, Norte e Nordeste lideram em presença. Entre as mais violentas, só uma cidade não pertence a essas regiões, que é Sorriso, no Mato Grosso, ocupando a quarta posição. No outro ranking, o que envolve a violência policial, há apenas uma só uma cidade do Sudeste, que é o Angra dos Reis, no Rio de Janeiro. E no ranking envolvendo roubo de celulares, São Paulo aparece na terceira posição.

Anuário Brasileiro de Segurança Pública
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O anuário também revela que os crimes de rua caíram no ano passado, enquanto os de estelionato cresceram. O fenômeno é atribuído aos golpes digitais, que ocorrem numa relação de 1 golpe a cada 16 segundos, totalizando 1.965.353 infrações registradas. Isso representa uma evolução de 8,3% em relação ao ano anterior (2022) e de 360% desde 2018.

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O anuário divide os crimes de rua em seis modalidades de roubos, que tiveram redução em níveis diferentes – estabelecimentos comerciais (18,8%); residências (17,3%); transeuntes (13,8%); cargas (13,2%); veículos (12,4%); e celulares (10,1%)

Novamente a Bahia chama atenção no ranking de roubo e furto de celular, com Lauro de Freitas no quarto lugar entre as cinco cidades brasileiras onde mais esse tipo de crime ocorre. Mas aqui Manaus lidera o ranking.

Anuário Brasileiro de Segurança Pública
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Os dados da edição 2023 do Anuário Brasileiro de Segurança Pública indicam ainda que as mortes violentas intencionais (MVI) tiveram uma redução de 3,4% em suas taxas por 100 mil habitantes em 2023. Mas houve crescimento em seis Unidades da Federação (UF): Amapá (39,8%), Mato Grosso (8,1%), Mato Grosso do Sul (6,2%), Pernambuco (6,2%), Minas Gerais (3,7%) e Alagoas (1,4).

Já no Maranhão, a taxa de mortes manteve-se estável e, em outras 20 UF, houve redução, sendo que as maiores reduções foram verificadas em Rondônia (-14,2%), Rio Grande do Norte (-13,9%) e Paraná (-12,8%).

Anuário Brasileiro de Segurança Pública armas apreendidas Bahia
Munição apreendida pela polícia baiana. Estado do Nordeste é o que apresenta o maior número de cidades com indicadores negativos no Anuário de Segurança Pública 2023. Foto: Rafael Martins/GOVBA

Quando observada a média brasileira, verifica-se que 18 UF mantêm taxas acima da média nacional: Acre, Rio de Janeiro, Paraíba, Roraima, Maranhão, Espírito Santo, Tocantins, Rondônia, Sergipe, Rio Grande do Norte, Mato Grosso, Pará, Ceará, Amazonas, Alagoas, Pernambuco, Bahia e Amapá.

Os indicadores mostram que apesar do recuo de 3,4% nas MVI, o Brasil, sozinho, responde por cerca de 10% de todos os homicídios cometidos no planeta.

O que é o Anuário

O anuário é produzido pelo Fórum Brasileiro de Segurança Pública, organização não-governamental, integrada por policiais, gestores públicos, pesquisadores, ativistas e operadores do sistema de justiça.

O FBSP se baseia em informações fornecidas pelas secretarias de segurança pública estaduais, pelas polícias civis, militares e federal, entre outras fontes oficiais da Segurança Pública e tem por objetivo incentivar a avaliação de políticas públicas para a segurança pública brasileira.

Leia mais: Cibersegurança move R$ 8 bi no país e ganha força no Nordeste

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