O Datafolha divulgou nesta sexta-feira (5) os dados de levantamento eleitoral no Recife. Mais do que os números que colocam o prefeito e candidato à reeleição, João Campos, em posição extremamente confortável na corrida a três meses da eleição, chama atenção a rejeição muito baixa para um gestor.
Se a eleição fosse hoje, o prefeito venceria conquistando 3, em cada 4 votos. No primeiro cenário estimulado, João Campos aparece com 75% das intenções de voto, contra 7% de Daniel Coelho (PSD); 6% de Gilson Machado (PL); 3% de Dani Portela; e 1% de Técio Teles e Simone Fontana. Branco/nulo/nenhum somam 5% e não souberam responder ficaram em 2%.
No outro cenário, em que Dani Portela é substituída por Túlio Gadêlha, o quadro não muda muito. O prefeito aparece com 74%, sendo seguido por Daniel Coelho (PSD), com 8%; Gilson Machado (PL), com 5%; Túlio Gadêlha (Rede), com 3%; Simone Fontana (PSTU) e Técio Teles (Novo), ambos com 1%. Branco/nulo/nenhum somam 6% e 1% não soube responder.
Apenas 8% rejeitam João Campos
Mas o dado que chama a atenção na pesquisa Datafolha é que o prefeito João Campos, apesar de 62% dos ouvidos afirmarem que o conhece muito bem e outros 37% conhecem muito pouco ou só ouviram falar, aparece apenas com 8% de rejeição, um número muito baixo para quem está exercendo um mandato.
Quem lidera o quesito rejeição é o pré-candidato do PL, Gilson Machado. Do total dos entrevistados, 38% disseram que não votariam em Gilson Machado. No entanto, 65% não o conhecem. Na teoria, essa rejeição pode reduzir com a campanha.
Na lista de rejeição, após Gilson, aparecem Técio Teles, com 36%; Túlio Gadêlha com 34%, Simone Fontana com 31%, Dani Portela com 28% e Daniel Coelho com 27%. Poderiam votar em todos somam 8%. Outros 5% não souberam responder e branco/nulo/nenhum atingem 2%.
Pesquisa apresenta um recorte do momento. É preciso entender que o prefeito vem em evidência há meses, ocupando com eficiência as redes sociais e com uma gestão que atrai a simpatia do eleitorado recifense. Esse cenário pode não ser o mesmo de 6 de outubro. Mas desenha um quadro preocupante para a oposição.
Com a campanha de tiro curto, de apenas 45 dias, o horizonte que se apresenta é muito positivo para o prefeito e candidato a reeleição. Ele pode se dar ao luxo, por exemplo, de não participar dos debates, nos quais seria o alvo de todos os adversários. Também pode ditar o ritmo e a temperatura da campanha, deixando-a em slow motion e fria como iceberg.
Recalculando a rota
As investidas da oposição parecem não estar surtindo efeito. As críticas não têm encontrado aderência em João Campos. Faltando 15 dias para o início das convenções, a oposição terá que recalcular a rota, para tentar evitar que a campanha termine antes mesmo de começar.
Em política tudo pode acontecer. O resultado da eleição pode mudar da noite para o dia. Isso já aconteceu no Recife no passado. No entanto, o cenário que se apresenta é de muita tranquilidade para João Campos. E muita angústia para os adversários.
O levantamento do Datafolha ouviu 616 eleitores na capital pernambucana entre os dias 2 e 4 de julho. A margem de erro da pesquisa é de quatro pontos percentuais para mais ou menos. O levantamento está registrado na Justiça Eleitoral sob o nº PE-09910/2024.
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