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Ratinho Jr. critica rito do julgamento de Jair Bolsonaro

Ratinho Jr. expressa discordância sobre a forma do julgamento de Bolsonaro no STF e defende anistia a condenados pelos atos de 8 de janeiro
Márcio Didier
Márcio Didier
marcio.didier@movimentoeconomico.com.br
Governador Ratinho Jr. questionou a forma como o Supremo está conduzindo o processo de Jair Bolsonaro Foto: Reprodução Instagram
Governador Ratinho Jr. questionou a forma como o Supremo está conduzindo o processo de Jair Bolsonaro Foto: Reprodução Instagram

Horas depois de o Supremo Tribunal Federal (STF) tornar réu o ex-presidente Jair Bolsonaro, o governador do Paraná, Ratinho Jr. (PSD), manifestou discordância sobre a condução do julgamento. Segundo ele, as etapas do processo deveriam ser feitas no pleno do tribunal e não apenas por uma turma, Ele também defendeu a anistia às pessoas condenadas pelos atos antidemocráticos de 8 de janeiro de 2023. Segundo ele, as penas aplicadas aos envolvidos nos episódios de vandalismo são desproporcionais em comparação com crimes mais graves.

Em passagem pelo Recife pera participar de um evento do Grupo de Líderes Empresariais de Pernambuco (LIDE Pernambuco), Ratinho Jr. criticou o rito de julgamento do ex-presidente Bolsonaro no STF. De acordo com ele, “um tema de tamanha relevância deveria ser analisado pelo plenário completo da Corte”, e não apenas por uma turma de ministros. “Eu acho que a questão sobre a discussão do tema do julgamento do Bolsonaro, como se trata de um assunto muito importante e se trata de um ex-presidente da República, não poderia ser julgado por uma turma, mas tem que ser julgado pelo pleno, pelo plenário”, avaliou o governador.

Presente ao evento, o ex-governador João Lyra disse que ainda é cedo para se posicionar sobre o julgamento, que ainda terá outras etapas até o resultado final. 

Ratinho defende anistia a condenados de 8 de janeiro

Ratinho Jr. também disse ser favorável ao processo de anistia para os condenados pelos episódios de depredação de prédios públicos ocorridos em 8 de janeiro de 2023. Segundo ele, o tamanho das penas são desproporcionais aos  crimes cometidos.

“Eu penso o seguinte: anistia já disse que eu defendo. Eu não acho justo quem cometeu um ato de vandalismo, que foi vandalismo, mas isso não quer dizer que não tem que ser punido, pegar 17 anos de cadeia, enquanto um assassino pega 8, eu vejo uma inversão de valores”, afirmou o governador.

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Ratinho Jr argumentou ainda que as instâncias jurídicas precisam ser respeitadas, conforme estabelece a Constituição Federal, sugerindo que os condenados tenham acesso ao devido processo legal em todas as esferas. “As pessoas têm que ter o direito de poder ter as esferas jurídicas que é dado, né, a primeira instância, a segunda instância. É assim que é o que diz a nossa constituição.”

A manifestação de Ratinho Jr. ocorre em um momento de intensa polarização política no país e de debates sobre os limites das manifestações políticas e as responsabilidades decorrentes de atos considerados antidemocráticos.

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