Por Stephanie Amaral *
Vivemos em um contexto de progresso constante, onde a formulação de estratégias para o futuro da logística é indispensável para o sucesso do transporte global. Recentemente, a conferência Manifest que ocorreu em Las Vegas reuniu líderes influentes do setor, visando a análise dos principais pilares que nortearão a indústria nos próximos anos.
A Inteligência Artificial foi um dos temas centrais do evento. Embora a tecnologia já tenha papel nas principais tendências de inovação, é importante entender que o foco dela não deve ser apenas na criação de sistemas revolucionários, mas sim em sua utilização eficaz. Com tantas soluções surgindo, a capacidade de pensar de maneiras diferentes e agregar valor aos processos existentes é o que vai fazer com que os negócios sejam cada vez mais sustentáveis, integrados, humanos e, consequentemente, lucrativos.
A integração da IA deixa de ser apenas uma vantagem competitiva para se transformar em uma necessidade imediata. Identificar suas aplicações em nossas rotinas é uma demanda urgente e nos impulsiona ao futuro que, na realidade, já se materializa no presente. Somente assim conseguiremos efetivamente tornar os processos escaláveis, possibilitando a alocação eficiente de recursos com o foco estratégico e estruturado – essencial em qualquer plano de ação.
É nesse sentido que o conceito de “human-centric”, também teve destaque nas discussões do alto escalão. A proximidade entre a IA e a experiência humana emerge como um acelerador essencial para a inovação logística: enquanto a tecnologia oferece eficiência na análise de dados massivos e na previsão de padrões, a habilidade humana entra em cena proporcionando discernimento, intuição e compreensão mais assertiva do contexto. Essa convergência não apenas acelera as operações, mas também aprimora a tomada de decisões, assegurando uma abordagem mais completa e adaptável.
Assim, surge o conceito de workforce, com esse potencial entre a combinação de tecnologia, que trabalha de maneira mais precisa, e as pessoas, que contribuem com a habilidade única de pensar de forma inovadora e de agregar à estratégia de diversas maneiras. A diversificação de conhecimentos entra não somente como um facilitador da visão holística E2E dos processos, mas também como ponto chave para o florescimento da criatividade. Nesse contexto, cabe às empresas investirem na capacitação de suas equipes, apoiando o desenvolvimento de habilidades e competências interpessoais para atrair e manter talentos desta nova era.
A partir dessas iniciativas, é possível dar alguns passos em relação à criação de cultura e propósito. Essa abordagem não apenas fortalece a coesão interna e engajamento, mas também gera uma equipe mais preparada e motivada para enfrentar os desafios das constantes disrupções de mercado.
Além disso, é fundamental reconhecer a crescente importância das tendências sustentáveis no setor logístico. O alinhamento com tratados ambientais e metas de redução de carbono é categórico para a sustentabilidade a longo prazo. Iniciativas que visam à eficiência energética, uso de tecnologias limpas e aprimoramento nas práticas de transporte contribuem não apenas para a preservação do meio ambiente, mas também para a conformidade com regulamentações e para a construção de uma imagem corporativa responsável. Ao incorporar essas práticas, as empresas não apenas respondem aos desafios ambientais globais, mas também se posicionam como líderes inovadores e socialmente responsáveis. Essa abordagem ressoa positivamente com consumidores e parceiros de negócios, estabelecendo uma base sólida no cenário logístico moderno.
O futuro da logística
Por fim, considerando todos esses pontos, a cooperação ganha mais destaque do que nunca. Seja ela entre tecnologias e pessoas, parcerias estratégicas entre empresas ou no envolvimento entre diversos stakeholders, ela é um dos pilares fundamentais para o desenvolvimento do futuro logístico. A sinergia entre todos esses agentes promove um esforço compartilhado de recursos e conhecimentos, resultando em cadeias de suprimentos mais robustas e resilientes. Ainda, a cooperação não apenas impulsiona a inovação, mas também cria um ecossistema logístico mais conectado e adaptável, capaz de enfrentar os desafios emergentes com agilidade e eficácia.
A Lots Group já otimiza suas operações, visando a redução das emissões de CO2 e a promoção da sustentabilidade. Ao unir a tecnologia e o conhecimento humano, fortalecemos nossa capacidade de impulsionar a inovação, reforçando nosso compromisso com uma logística eficiente. A adoção dessa abordagem colaborativa não apenas reflete nossa missão, mas também se torna uma parte essencial dela. Buscamos enfrentar os desafios futuros do transporte global de forma integrada e sustentável, nos alinhando com as tendências emergentes no setor. E você, como imagina que essas novas tendências se aplicam no seu negócio?
*Stephanie Amaral ocupa o cargo de Head de Business Development Latam da Lots Group
** Os artigos não refletem necessariamente a opinião do Movimento Econômico
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