A neoindustrialização com pauta verde, por Patricia Raposo

A Natura enxergou as possibilidades que existem na Amazônia. E o governo federal parece que enxergou o que a Natura viu.
Patricia Raposo
Patricia Raposo / Foto: Alexandre Aroeira / Folha de Pernambuco

Por Patricia Raposo*

A neoindustrialização entrou na pauta dos empresários, do governo e dos bancos. E esse processo de estancar a sangria e retomar o crescimento do setor se baseia na sustentabilidade. Não se trata apenas de estar em conformidade com as práticas do ESG, mas, fazendo uso delas, resgatar o protagonismo da indústria sobre novos pilares.

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Os biomas brasileiros oferecem um enorme potencial para produção de fármacos, óleos, essências, e produtos de higiene e beleza. E certamente surgirão outros produtos que vão contribuir para o despertar dessa nova indústria limpa e inclusiva.

A Natura enxergou as possibilidades que existem na Amazônia. E o governo federal parece que enxergou o que a Natura viu. No 29º Fórum Banco do Nordeste, que ocorreu na semana passada, em Fortaleza, a secretária Nacional de Políticas de Desenvolvimento Regional e Territorial Adriana Melo Alves, revelou que sua pasta está atuando em duas direções: a da sustentabilidade, que cria oportunidades em regiões pobres; e a da economia do conhecimento, com foco na economia da inovação.

O desafio maior, segundo a secretária, é pensar numa política de base territorial para sub-regiões, como o Semiárido nordestino. Para que essa indústria verde surja, vai ser preciso muito esforço. A mudança de direção requer uma mudança de mentalidade. Além do potencial dos biomas, há os setores emergentes, como energia limpa, hidrogênio verde, a eletrificação veicular – híbrida ou não – cheios de possibilidades e com necessidade de adensamento de suas cadeias produtivas. E o Nordeste pode surfar muito bem nesta onda. 

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Com tecnologia, inovação e um olhar mais sustentável, as indústrias poderão avançar no desafio de estancar seu processo de encolhimento. Mas não poderão esquecer de um dos pilares fundamentais: a inclusão social.

Crédito de carbono

Neste mês de agosto, o governo federal deve concluir a regulamentação geral para emissão de créditos de carbono, abrindo passagem para os estados fazerem o mesmo. Esse mercado está em franca expansão e muitos estados já se mobilizam para fazer seus inventários de créditos de carbono, que devem incluir até as reservas de particulares. Pernambuco decidiu esperar a diretriz federal, embora o Complexo de Suape já avance com seu levantamento.

Sinergia na pecuária

A Fazenda Três Irmãos e a Masterboi se unem num evento para promover o agronegócio, na próxima sexta-feira (04), em Bezerros. Marcelo Tavares de Melo explica que o evento em sua fazenda cria uma sinergia com o frigorífico de Nelson Bezerra, porque oferecerá animais para criadores melhorarem seus plantéis que, posteriormente, poderão ser vendidos à Masterboi. No evento, Nelson Bezerra fará uma palestra sobre o futuro da pecuária de corte com a chegada da Masterboi a Canhotinho.

Virtual? Que nada!!

Gastos com viagens ainda são as maiores despesas pagas com cartão de crédito entre as empresas, sejam de grande porte ou startups. Levantamento realizado junto a duas mil companhias pela Clara – uma solução de gestão administrativa-, identificou que esses gastos representam 31,16% do total. Já entre as startups, as viagens compreendem 38,15% das transações.

*Coluna publicada na Folha de Pernambuco

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