A neoindustrialização com pauta verde, por Patricia Raposo

A Natura enxergou as possibilidades que existem na Amazônia. E o governo federal parece que enxergou o que a Natura viu.

Compartilhe:

Compartilhar no whatsapp
Compartilhar no telegram
Compartilhar no twitter
Compartilhar no linkedin
Compartilhar no facebook
Compartilhar no email
Patricia Raposo
Patricia Raposo / Foto: Alexandre Aroeira / Folha de Pernambuco

Por Patricia Raposo*

A neoindustrialização entrou na pauta dos empresários, do governo e dos bancos. E esse processo de estancar a sangria e retomar o crescimento do setor se baseia na sustentabilidade. Não se trata apenas de estar em conformidade com as práticas do ESG, mas, fazendo uso delas, resgatar o protagonismo da indústria sobre novos pilares.

Os biomas brasileiros oferecem um enorme potencial para produção de fármacos, óleos, essências, e produtos de higiene e beleza. E certamente surgirão outros produtos que vão contribuir para o despertar dessa nova indústria limpa e inclusiva.

A Natura enxergou as possibilidades que existem na Amazônia. E o governo federal parece que enxergou o que a Natura viu. No 29º Fórum Banco do Nordeste, que ocorreu na semana passada, em Fortaleza, a secretária Nacional de Políticas de Desenvolvimento Regional e Territorial Adriana Melo Alves, revelou que sua pasta está atuando em duas direções: a da sustentabilidade, que cria oportunidades em regiões pobres; e a da economia do conhecimento, com foco na economia da inovação.

O desafio maior, segundo a secretária, é pensar numa política de base territorial para sub-regiões, como o Semiárido nordestino. Para que essa indústria verde surja, vai ser preciso muito esforço. A mudança de direção requer uma mudança de mentalidade. Além do potencial dos biomas, há os setores emergentes, como energia limpa, hidrogênio verde, a eletrificação veicular – híbrida ou não – cheios de possibilidades e com necessidade de adensamento de suas cadeias produtivas. E o Nordeste pode surfar muito bem nesta onda. 

Com tecnologia, inovação e um olhar mais sustentável, as indústrias poderão avançar no desafio de estancar seu processo de encolhimento. Mas não poderão esquecer de um dos pilares fundamentais: a inclusão social.

Crédito de carbono

Neste mês de agosto, o governo federal deve concluir a regulamentação geral para emissão de créditos de carbono, abrindo passagem para os estados fazerem o mesmo. Esse mercado está em franca expansão e muitos estados já se mobilizam para fazer seus inventários de créditos de carbono, que devem incluir até as reservas de particulares. Pernambuco decidiu esperar a diretriz federal, embora o Complexo de Suape já avance com seu levantamento.

Sinergia na pecuária

A Fazenda Três Irmãos e a Masterboi se unem num evento para promover o agronegócio, na próxima sexta-feira (04), em Bezerros. Marcelo Tavares de Melo explica que o evento em sua fazenda cria uma sinergia com o frigorífico de Nelson Bezerra, porque oferecerá animais para criadores melhorarem seus plantéis que, posteriormente, poderão ser vendidos à Masterboi. No evento, Nelson Bezerra fará uma palestra sobre o futuro da pecuária de corte com a chegada da Masterboi a Canhotinho.

Virtual? Que nada!!

Gastos com viagens ainda são as maiores despesas pagas com cartão de crédito entre as empresas, sejam de grande porte ou startups. Levantamento realizado junto a duas mil companhias pela Clara – uma solução de gestão administrativa-, identificou que esses gastos representam 31,16% do total. Já entre as startups, as viagens compreendem 38,15% das transações.

*Coluna publicada na Folha de Pernambuco

Leia mais no site Movimento Econômico:

Estado perde 2.300 indústrias e FIEPE defende revisão na política de incentivos fiscais

Especialistas analisam impacto da redução de 50 pontos na taxa de juros

Compartilhar no facebook
Compartilhar no twitter
Compartilhar no linkedin
Compartilhar no whatsapp
Compartilhar no telegram
Compartilhar no email

Mais Notícias