Por Rodolfo Prado da Silva*
Os movimentos migratórios brasileiro tem gerado diversas mudanças sociais em sua dinâmica, algo que tem impactado diretamente na educação superior, assim como nas necessidades de atenção à saúde da população. Neste contexto, temos a interiorização da Medicina, englobando o profissional e a educação médica conforme foi induzido pelo governo federal pela Lei do Mais Médicos no ano de 2013, cuja lei incentivou a ida de médicos para o interior brasileiro, assim como a criação de cursos de Medicina no interior.
A interiorização da Medicina tem sido benéfica de uma maneira geral para a população devido a presença de médicos e cursos de Medicina no interior, beneficiando positivamente a população com o atendimento de médicos e estudantes de Medicina que são acompanhados por professores durante o atendimento. Este atendimento impacta decisivamente na melhoria dos indicadores de saúde, onde podemos verificar em informações do Ministério da Saúde como o aumento de consultas pré-natais em gestantes, assim como a diminuição da desnutrição infantil.
Além disso, a presença de um curso de graduação em Medicina no interior, assim como programas de Residência Médica, tende a facilitar a fixação destes profissionais no Interior. Pesquisas do Ministério da Saúde tem demonstrado que a presença de uma Residência Médica tende a fixar em mais de 70% o médico na cidade a qual ele fez a especialização médica devido a diversos vínculos que ele irá construir no município.
Portanto, a interiorização da Medicina e a presença de um curso de graduação de Medicina são essenciais para o acesso a uma saúde de qualidade para a população, uma vez que aumenta a quantidade de profissionais médicos, aumentando assim o número de consultas disponíveis, acompanhamentos longitudinais da saúde população, assim como demonstra resultados positivos nas condições de saúde da população do interior.
*Rodolfo Prado da Silva é especialista em Gestão de Serviços e Sistemas de Saúde. Graduado em Fonoaudiologia. Atualmente exerce a função de Assessor Acadêmico do curso de Medicina da Unex – Centro Universitário de Excelência em Feira de Santana (Rede UniFTC).
Leia também:
Pedro Menezes de Carvalho: A teoria do Cisne Negro sob a lógica dos contratos