A licitação para a concessão do Parque de Dois Irmãos será realizada numa sessão pública na Bolsa de Valores de São Paulo, a B3, no próximo dia 10 de agosto. A intenção do governo do Estado é fazer com que a gestão do equipamento passe para a iniciativa privada, atraindo um investimento de cerca de R$ 615 milhões em 30 anos, prazo previsto para o fim da concessão. Deste total, R$ 82 milhões serão empregados em melhorias da infraestrutura nos dois primeiros anos da concessão. Para o consumidor, a alteração mais visível será o preço do ingresso que deve aumentar. Atualmente, custa R$ 5.
“Ainda não sabemos o preço que vai ser pago no futuro, porque isso depende do leilão. Depende do valor a ser investido e a taxa de retorno dos recursos empregados”, explica a secretária de Meio Ambiente e Sustentabilidade de Pernambuco, Inamara Mélo, acrescentando que o visitante terá um parque “bem superior do ponto de vista da estrutura, dos cuidados com o animal e também com o próprio parque”. Antes da pandemia, cerca 400 mil pessoas visitavam o parque por ano.
Uma parte do local continuará tendo acesso gratuito. A parte que terá o acesso mediante o pagamento é o bioparque, onde funciona o zoológico. “Os viveiros serão maiores e a ideia é de incorporar um conceito novo de interação da população com os animais”, comenta. Inamara argumenta também que toda a proposta da concessão passou pelos conselhos que representam a sociedade civil, como o conselho gestor do Meio Ambiente e a academia.
Processo da licitação na B3
Antes do leilão, as empresas interessadas terão que entregar os envelopes com a documentação exigida até o dia 05 de agosto. Somente as empresas habilitadas participarão da sessão na B3. A proposta de concessão também foi baseada num estudo de viabilidade feito pelo Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES).
O Parque de Dois Irmãos tem uma área de 1.158 hectares, incluindo uma parte conservada com Mata Atlântica. A estrutura do parque é deficitária e somente a conta de vigilância custa cerca de R$ 1,5 milhão ao ano. A situação da arrecadação dos recursos piorou com a pandemia, quando o parque fechou as portas, ficando sem receita própria.
