Produção de motos cresce 3,4% e tem melhor resultado em 13 anos

Emplacamentos de janeiro a maio deste ano abrangem 767.281 motos, aumento de 19,9%. O NE representa 30% do mercado nacional
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A produção de motos bicombustíveis nos cinco primeiros meses deste ano foi 16,7% maior que o mesmo período do ano passado. Foto: José Paulo Lacerda/CNI

A melhoria da renda e o preço acessível aos brasileiros são os principais motivos para o recorde de produção de motocicletas de indústrias instaladas no Polo Industrial de Manaus (PIM). Em maio, foram fabricadas 160.389 unidades, sendo o melhor número para o mês de maio desde 2012, de acordo com levantamento da Associação Brasileira dos Fabricantes de Motocicletas, Ciclomotores, Motonetas, Bicicletas e Similares (Abraciclo), divulgado nesta terça-feira (11), em São Paulo.

Na comparação com 2023, o resultado de maio foi 3,4% superior, embora tenha apontado queda de 1,8% na comparação com abril. Essa redução é atribuída ao menor número de dias úteis (dois dias a menos) e também por causa dos feriados do Dia do Trabalho e Corpus Christi.

Em relação à produção de motocicletas de janeiro a maio, correspondente a 761.734 unidades, a alta foi de 13,8% em relação a igual período de 2023, sendo também o melhor resultado dos últimos 13 anos. A produção de modelos bicombustíveis nos cinco primeiros meses deste ano foi 16,7% maior que o mesmo período do ano passado, com 497,9 mil unidades.

O Nordeste representa 31,1% do mercado nacional, com 492 mil motos comercializadas em 2023 e a maior variação positiva (+21,5%) de todas as regiões brasileiras. O Sudeste lidera, com 590 mil unidades no mesmo período (37,3%) e aumento de +13,3% em relação ao ano anterior..

Maior demanda por motos

Segundo o presidente da Abraciclo, Marcos Bento, todas as fábricas estão cumprindo o planejamento de atender a demanda do mercado, que segue tendência de alta. Essa maior demanda, considerando o impacto positivo da melhoria da renda dos brasileiros, reflete a maior procura por motos, algo mantido desde a pandemia.

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Muitas pessoas passaram a usar motos como instrumento de trabalho e fonte de renda. Outros fatores decisivos são o preço acessível, o baixo custo de manutenção, economia e liberdade de locomoção para evitar aglomerações do transporte público.  

Os licenciamentos em maio somaram 164.533 unidades, alta de 1,9% em relação a maio de 2023. Foi o melhor resultado desde 2011. A categoria de motocicleta mais emplacada foi a Street, com 77.117 unidades, o que indica uma participação de 46,9% no mercado. Os licenciamentos acumulados de janeiro a maio deste ano somaram 767.281 unidades, um crescimento de 19,9% em relação ao mesmo período de 2023, sendo o melhor resultado desde 2008.

Projeções 2024

Para 2024, a estimativa da Abraciclo é a produção de 1.690.000 motocicletas, o que corresponde a um crescimento de 7,4% em relação ao registrado em 2023.

“A projeção se baseia nos cenários macroeconômicos do Brasil, considerando fatores como as expectativas de crescimento do Produto Interno Bruto (PIB), inflação, variações nas taxas de juros, confiança do consumidor etc. Nossa meta é seguir crescendo de forma sustentável e retornar ao patamar de produção de dois milhões de unidades nos próximos anos”, afirma explica Marcos Bento, presidente da Abraciclo.

No varejo, a perspectiva é que sejam emplacadas 1.700.000 motocicletas, volume 7,5% superior em relação a 2023. As exportações deverão alcançar 35.000 unidades, aumento de 6,3% sobre o volume registrado no ano passado.

Frota nacional

Motocicletas

  • Mais de 33 milhões de unidades
  • 1,6 milhão de unidades produzidas por ano
  • 6º maior produtor mundial

Bicicletas

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