Os conservadores da União Democrata-Cristã (CDU), liderados por Friedrich Merz, venceram as eleições federais antecipadas na Alemanha, realizadas no domingo, 23 de fevereiro de 2025. A CDU obteve 28,6% dos votos, enquanto o partido de extrema-direita Alternativa para a Alemanha (AfD) alcançou 20,8%, seu melhor resultado histórico, posicionando-se como a segunda força política no país.
O Partido Social-Democrata (SPD), do atual chanceler Olaf Scholz, registrou seu pior desempenho em mais de um século, com apenas 16,4% dos votos. Diante desse cenário, Scholz reconheceu a derrota e anunciou que não participará do próximo governo.
Friedrich Merz, de 69 anos, conhecido por suas posições economicamente liberais e socialmente conservadoras, expressou a intenção de formar um governo “o mais rápido possível” e descartou qualquer colaboração com a AfD devido às suas posturas extremistas. A formação de uma coalizão governamental deverá incluir o SPD, evitando a necessidade de uma aliança tripartite com os Verdes.
A ascensão da AfD reflete um aumento do sentimento anti-imigração e do descontentamento econômico em algumas regiões, especialmente nos estados do leste, onde o partido obteve mais de 40% dos votos em estados como Saxônia, Turíngia e Brandemburgo.
Alemanha em busca de mudança
A participação eleitoral foi notavelmente alta, atingindo 84%, indicando um forte engajamento dos eleitores neste pleito decisivo para o futuro político da Alemanha.
Com a vitória, Merz busca reforçar a autonomia europeia em relação aos Estados Unidos e enfrentar os desafios econômicos internos, enquanto trabalha para formar uma coalizão estável que permita implementar suas políticas e manter a estabilidade na maior economia da Europa.
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