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De volta à Casa Branca, Trump promete “Era de Ouro” com decisões polêmicas

Em meia hora, Trump reafirma promessas de campanha durante discurso de posse. Retomada do Canal do Panamá e combate à imigração são confirmados, além da defesa da existência de apenas dois gêneros: masculino e feminino
Trump
Trump e Melania /Foto: Wikimedia Commons

Em um discurso de cerca de 30 minutos, Donald Trump fez nesta segunda-feira (20) seu primeiro discurso como novo presidente dos Estados Unidos. Ele reafirmou a intenção de retomar o Canal do Panamá e de combater a migração ilegal no país, em especial a partir da fronteira com o México. O Golfo do México, reiterou Trump, passará a se chamar Golfo da América.

O presidente afirmou que declarará emergência nacional de energia, de forma a retomar, em larga escala, a produção de fontes não sustentáveis, em especial petróleo e gás, para garantir as reservas estratégicas do país, bem como a disponibilização de energia para as indústrias norte-americanas. E prometeu também revogar obrigações de cunho ambientalista em favor de veículos elétricos, de forma a manter o compromisso com as montadoras de veículos com motores à combustão.

Trump voltou a afirmar que, para proteger os trabalhadores americanos, pretende tributar produtos com origem em outros países. Reiterou alguns de seus posicionamentos contrários à chamada ideologia de gênero, dizendo que “há apenas dois gêneros: o masculino e o feminino”, e que porá “fim à política de tentar fazer engenharia social da raça e do gênero, promovendo uma sociedade que será baseada no mérito, sem enxergar a cor”.

Imigração ilegal

“Toda entrada ilegal será imediatamente impedida, e iniciaremos processo de devolução de milhões de imigrantes ilegais a seu país de origem. Restabeleceremos a política do ‘fique no México’ e porei em prática a lei de prender e deportar. Tropas serão enviadas para o sul para dificultar a entrada em nosso país. Além disso, vou designar os cartéis [de drogas] como organizações terroristas internacionais”, discursou o presidente, que, pela segunda vez, assume a Casa Branca.

Trump acrescentou que vai retomar uma legislação de 1708 sobre imigrantes, pela qual seu governo poderá utilizar todas forças de segurança pública para “eliminar gangues” que praticam crimes em cidades e bairros norte-americanos. “Como comandante chefe, não há responsabilidade maior do que defender nosso país de ameaças e invasões. Farei isso em um nível nunca antes visto em nosso país”, disse ele, ao afirmar que, em breve, alterará o nome do Golfo do México para Golfo da América.

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Poderosa e respeitada

O novo presidente disse que fará os Estados Unidos retornarem a seu lugar como a nação mais poderosa e respeitada do mundo. “Teremos a maior força armada que o mundo já viu”, afirmou.

Tump lembrou que o Canal do Panamá foi uma obra americana cedida àquele país, ao custo de 38 mil vidas perdidas durante sua construção. “Depois disso, fomos tratados de forma cruel, após oferecermos esse presente que jamais deveria ser dado. O espírito desse presente foi totalmente violado, com sobretaxas aos navios americanos. Não fomos tratados de forma justa, sobretudo pela China, que opera o canal. Por isso, vamos tomá-lo de volta”, prometeu.

“Minha mensagem hoje é de que é hora, mais uma vez, de agirmos com coragem, vigor e com a vitalidade das maiores nações da história”,complementou.

Energia

Trump anunciou que, ainda nesta segunda-feira, vai declarar emergência nacional da energia, com o objetivo de diminuir preços e ajudar setores industriais do país, além de recompor as reservas estratégicas de petróleo.

“Seremos mais uma vez um país industrial, com maior quantidade de petróleo e gás do que qualquer outro país. Diminuiremos os preços e preencheremos novamente nossas reservas estratégicas. E exportaremos nossa energia. Seremos novamente uma nação rica com o ouro negro que está sob nossos pés”, disse.

“E vamos pôr fim a acordos verdes. Vamos revogar as obrigações sobre veículos elétricos, salvando nossa indústria automotiva e mantendo compromisso com nossas montadoras”, acrescentou.

O presidente prometeu fazer, em breve, uma reforma do sistema de comércio “para proteger os trabalhadores e as famílias americanas. Por isso, em vez de tributar nossos cidadãos, estabeleceremos tarifas para outros países.”

Era de ouro

“A era de ouro dos Estados Unidos começa agora. Daqui em diante, nosso país florescerá e será respeitado. Seremos invejados por todo mundo, e não permitiremos que ninguém tire vantagem da gente. Colocarei a América em primeiro lugar”, afirmou.

Segundo Trump, os EUA enfrentam uma crise de confiança “após um establishment corrupto e radical, onde os pilares foram rompidos, dificultando o enfrentamento de crises simples”, em referência a problemas como o incêndio que assolou Los Angeles. Criticou também o sistema de saúde que não atuou de forma satisfatória em situações de desastre e o sistema de educação “que faz nossos alunos odiarem nosso país”.

“Mas tudo mudará rapidamente a partir de hoje”, afirmou Trump. “Minha vida foi salva para tornar a América grande novamente”, acrescentou, ao lembrar o atentado de que foi vítima durante a campanha eleitoral.

No discurso de posse, Donald Trump também reiterou a defesa da liberdade de expressão, algo que, segundo ele, foi colocado em risco pelo governo anterior. 

Principais pontos do discurso de Trump

Início de uma “Era de Ouro”: Trump declarou que “a era de ouro dos Estados Unidos começa neste momento”, prometendo um renascimento do país e afirmando que os EUA serão “respeitados novamente” no cenário internacional.

Colocação da América em Primeiro Lugar: Ele enfatizou que durante seu governo, a prioridade será colocar a América em primeiro lugar, restaurando a soberania e a segurança do país, além de reequilibrar as balanças da Justiça.

Críticas ao Governo Biden: Trump criticou a administração anterior, alegando que o governo Biden havia causado uma “crise de confiança” e que os cidadãos americanos foram “vítimas” de um sistema corrupto.

Emergência Nacional e Políticas Imigratórias: Ele anunciou que declarará uma emergência nacional para deportar imigrantes não documentados e enviará tropas para a fronteira sul para combater o que chamou de “invasão desastrosa” do país.

Promessas de Crescimento Econômico: Trump prometeu um crescimento econômico sem precedentes, afirmando que os EUA construirão carros em uma velocidade inédita e criarão sistemas para proteger os empregos dos cidadãos americanos.

Liberdade de Expressão: Ele se comprometeu a revogar todas as formas de censura e restaurar a liberdade de expressão nos EUA, afirmando que o sistema judicial não perseguirá mais inimigos políticos.

Igualdade e Identidade: Trump mencionou a criação de uma sociedade igualitária, afirmando que agora só existem dois gêneros: masculino e feminino, refletindo sua visão conservadora sobre questões sociais.

Apelo à Unidade Nacional: Trump fez um apelo à unidade nacional, afirmando que o dia 20 de janeiro seria lembrado como “o Dia da Libertação” para os cidadãos americanos. Ele mencionou a importância de trabalhar juntos para realizar os sonhos de Martin Luther King Jr..

Ordens Executivas: O presidente anunciou que assinará uma série de ordens executivas históricas para iniciar a restauração da América e promover uma “revolução do bom senso”.

Leia mais: Donald Trump assume 2º mandato com desafios econômicos e controvérsias

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