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Inadimplência empresarial no Nordeste: Alagoas lidera o ranking nacional

Os números refletem a crise de inadimplência onde os juros são importante fator de estímulo ao cenário
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O setor de serviços foi o mais afetado com inadimplência Foto: Arquivo/ASN

O Indicador de Inadimplência das Empresas da Serasa Experian revelou que, em janeiro deste ano, 75.933 empresas alagoanas estavam com o CNPJ no vermelho, registrando a maior taxa de inadimplência do país, com 41,1% das empresas do estado enfrentando pendências financeiras. Em seguida, o Distrito Federal (39,9%) e o Pará (39,3%) também se destacaram entre os que detêm mais empresas em situação de inadimplência.

No Nordeste, o cenário também é preocupante. O Maranhão apresentou 38,4% de inadimplência, seguido de Pernambuco (32%), Bahia (30,2%) e Sergipe (30%). Já o Rio Grande do Norte registrou 29,2%, a Paraíba teve 27,3%, o Ceará apresentou 26,9% e, por fim, o Piauí teve a menor taxa da região, com 24,8% de inadimplência empresarial.

Cenário nacional

No âmbito nacional, o número de empresas inadimplentes atingiu 7,1 milhões em janeiro, o maior valor já registrado desde o início da série histórica do indicador. Esse total representa 31,4% das empresas existentes no Brasil. As dívidas somaram R$ 154,9 bilhões, um aumento de R$ 4,3 bilhões em relação a dezembro de 2024. Em média, cada empresa inadimplente teve cerca de 7,2 contas negativadas.

Juros impactam inadimplência

A economista da Serasa Experian, Camila Abdelmalack, aponta que o aumento das taxas de juros é um fator fundamental para o crescimento da inadimplência. O custo do crédito mais alto dificulta o financiamento das empresas, impactando diretamente a capacidade delas de manterem seu fluxo de caixa e honrarem suas obrigações financeiras. Além disso, o aumento das taxas de juros pode reduzir a demanda por produtos e serviços, pois consumidores e outras empresas também enfrentam condições de crédito mais difíceis, o que resulta em menor receita para as empresas. Esse cenário cria um ciclo vicioso, onde o difícil acesso ao crédito e a queda nas receitas aumentam ainda mais a inadimplência, afetando a saúde financeira das empresas.

Mais afetados

O setor de Serviços foi o mais impactado pela inadimplência, representando 52,4% das empresas com dívidas. Em segundo lugar, ficou o Comércio, com 35,3%, seguido pelas Indústrias, com 8%. O grupo Outros, que inclui o setor Financeiro e o Terceiro Setor, representou 3,3%, enquanto o setor Primário teve 1%. Em relação às dívidas, o setor de Serviços também liderou, com 31,7% das dívidas totais, seguido por Bancos e Cartões, com 20,5%.

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Das 7,1 milhões de empresas inadimplentes em janeiro, 6,6 milhões eram de micro e pequenas empresas. Juntas, essas empresas acumularam 45,8 milhões de dívidas. Em média, cada micro e pequena empresa inadimplente possuía 6,9 contas em atraso, refletindo o impacto mais severo da inadimplência nesse segmento.

Metodologia do Indicador

O Indicador de Inadimplência das Empresas da Serasa Experian é calculado com base na quantidade de empresas que possuem pelo menos um compromisso vencido e não pago até o último dia do mês de referência. O indicador é segmentado por Unidade Federativa (UF), porte da empresa e setor econômico.

Para ajudar as micro, pequenas e médias empresas (PMEs) a regularizarem suas pendências financeiras, a Serasa Experian oferece o portal Limpa Nome PJ, onde as empresas podem renegociar suas dívidas com condições mais acessíveis. Além disso, o portal oferece serviços como consulta ao Score PJ, que ajuda as empresas a melhorar sua saúde financeira.

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