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Uma vaga a menos e vários candidatos a mais de olho na Câmara Federal

Pernambuco terá uma cadeira a menos na disputa pela Câmara Federal, em 2026. Serão 24 vagas para um número bem maior de candidatos
A Câmara dos deputados sofrerá alteração no número de vagas por bancada. Sete estados perderão parlamentares, entre eles Pernambuco Foto: Luís Macedo/ Câmara dos Deputados
A Câmara dos deputados sofrerá alteração no número de vagas por bancada. Sete estados perderão parlamentares, entre eles Pernambuco Foto: Luís Macedo/ Câmara dos Deputados

As eleições de 2026 em Pernambuco terão uma disputa de perder o fôlego. Daquelas que será voto a voto, que só será decidida no final da apuração. Se o embate pelo Governo do Estado veio logo à cabeça, a resposta está errada. A disputa que se projeta como a mais acirrada nas próximas eleições no estado será por uma das 24 cadeiras, e não mais 25, na Câmara Federal. Não bastasse a redução no número de vagas, os atuais parlamentares vão disputar espaço com pelo menos outros 10 políticos que já estão trabalhando para ou retornar à Casa ou estrear no Legislativo nas eleições de 2026.

A mudança no cálculo no número de vagas tem um motivo. Se não houver alteração, em 2026, Pernambuco perderá uma vaga de deputado federal porque o Supremo Tribunal Federal determinou que o Congresso Nacional revise o tamanho das bancadas dos estados na Câmara de acordo com o censo de 2022. Outros seis Estados também perderão cadeiras – Alagoas, Paraíba, Piauí, Rio de Janeiro, Rio Grande do Sul e a Bahia.

Desta forma, além de mais adversários, os atuais parlamentares terão que enfrentar, também, o aumento do quociente eleitoral, que é feito a partir do número de votos válidos dividido pelo número de cadeiras. Em 2022, por exemplo, os partidos precisaram somar 199.574 mil votos para conquistar uma vaga. Com um deputado a menos, com o mesmo número de eleitores, as legendas fariam um deputado com 207.889, oito mil votos a mais, e com a possibilidade de subir ainda mais.

Em 2022, apenas dois deputados, ambos da bancada evangélica, superaram o quociente eleitoral e não dependeram dos votos do partido para se eleger: André Ferreira (PL), com 273.264 votos e Clarissa Tércio (PP), que conquistou 240.508 votos.

Além deles foram eleitos, com os votos de legenda:

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  • Pedro Campos (PSB) – 172.514 votos
  • Silvio Costa Filho (Republicanos) – 161.938 votos
  • Fernando Filho (União Brasil) – 155.249 votos
  • Waldemar Oliveira (Avante) – 141.346 votos
  • Túlio Gadelha (Rede) – 134.324 votos
  • Carlos Veras (PT) – 127.448 votos
  • Eduardo da Fonte (PP) – 124.825 votos
  • Clodoaldo Magalhães (PV) – 110.619 votos
  • Maria Arraes (SD) – 104.560 – votos
  • Iza Arruda (MDB) – 103.950 – votos
  • Augusto Coutinho (Republicanos) – 101.141 – votos
  • Pastor Eurico (PL) – 100.804 – votos
  • Fernando Monteiro (PP) – 99.746 – votos
  • Eriberto Medeiros (PSB) – 99.226 votos
  • Lula da Fonte (PP) – 94.119 votos
  • Lucas Ramos (PSB) – 85.300 votos
  • Guilherme Uchoa Junior (PSB) – 84.585 votos
  • Coronel Meira (PL) – 78.937 votos
  • Felipe Carreras (PSB) – 76.527 votos
  • Mendonça Filho (União Brasil) – 76.021 votos
  • Luciano Bivar (União Brasil) – 74.416 votos
  • Fernando Rodolfo (PL) – 60.074 votos
  • Renildo Calheiros (PCdoB) – 59.681 votos

Na disputa de 2026, somam-se a eles os ex-deputados que disputaram cargos majoritários em 2022, os que os partidos não atingiram o quociente eleitoral ou não conseguiram número suficiente para fazer mais um parlamentar e os que disputarão pela primeira vez a uma vaga na Câmara. Veja quem entrará na disputa pelas 24 cadeiras da Câmara Federal.

Pernambuco perderá uma vaga na Câmara Federal, caindo de 25 cadeiras para 24 na eleição de 2026 Foto: Bruno Spada/Câmara dos Deputados

Disputou cargo majoritário e quer uma vaga de volta

Anderson Ferreira – Disputou o Governo do Estado pelo PL. Fez palanque para Jair Bolsonaro em Pernambuco e chegou na terceira posição na disputa. Presidente estadual do PL, trava disputa interna com Gilson Machado. Ex-deputado por dois mandatos, tentará voltar à Câmara, a menos que o partido o escale para alguma missão, como uma nova disputa pelo Governo.

Danilo Cabral – Candidato ao Governo do Estado pelo PSB em 2022, chegou na quarta posição ao defender os 16 anos de gestão socialista no Estado. Numa articulação do senador Humberto Costa, foi nomeado superintendente da Sudene e vem se destacando na função. Há fortes rumores que ele poderá trocar o PSB pelo PT para disputar.

André de Paula – Disputou mandato de senador em 2022, e viu a sua postulação ficar espremida diante da polarização PT x PL. Terminou em terceiro, na eleição vencida por Teresa Leitão (PT). Quer retornar à Câmara dos Deputados para o seu sétimo mandato.

Era deputado e não conseguiu se reeleger

Daniel Coelho – Candidato pelo Cidadania nas eleições de 2022, que fazia parte da federação com o PSDB, obteve 110.511 votos, votação superior a 15 dos eleitos. No entanto, o grupo não conseguiu superar a cláusula de barreira e ele ficou de fora. Foi candidato a prefeito do Recife em 2024, mas teve um desempenho ruim, terminando na quarta posição.

Ossesio Silva – Disputou a reeleição pelo Republicanos, ficando em terceiro lugar na legenda, com 72.164, conquistando a primeira suplência. Atualmente cumpre mandato na Câmara Federal, com a licença de Silvio Costa Filho para assumir o Ministério de Portos e Aeroportos.

Quer ser deputado federal pela primeira vez

Alberto Feitosa – Na esteira do bolsonarismo, foi segundo colocado para deputado estadual em 2022, 146.847, e exerce seu quinto mandato na Assembleia Legislativa. A amigos tem dito que pretende disputar uma vaga na Câmara Federal.

Eriberto Rafael – Primeiro-Secretário da Câmara do Recife, está constrindo a sua candidatura ao Congresso Nacional, no lugar do seu pai, Eriberto Medeiros. Este está analisando outros projetos políticos, podendo disputar a Prefeitura de Cumaru, em 28.

Gabriel Porto – Filho do presidente da Assembleia Legislativa de Pernambuco (Alepe), aproveitou as eleições municipais para criar musculatura e pavimentar a sua candidatura. Será a primeira vez que disputará um mandato.

Gilson Machado – É apontado por todos como pule de dez na disputa por uma vaga na Câmara Federal, por sua ligação com o ex-presidente Jair Bolsonaro. Mas ele tem outras opções, como disputar uma vaga no Senado por Tocantins, atendendo a um pedido do ex-presidente, ou até ocupar a vice na chapa bolsonarista, que pode ser o própriou com Jair, atualmente inelegível, ou Eduardo Bolsonaro. Caso escolha uma dessas duas últimas opções, há a possibilidade de colocar o filho, o vereador Gilson Machado Filho, para disputar a Câmara.

Marcelo Gouveia – Ex-prefeito de Paudalho, já disse que vai disputar um mandato de deputado federal. A pretensão, no entanto, sofreu um baque com a derrota do irmão, Gustavo, na disputa da primeira-secretaria da Alepe. Mas tem uma base forte na Mata Norte.

Paulo Câmara – Ex-governador e atualmente presidente do Banco do Nordeste, tem sempre o nome colocado na lista dos candidatos a deputado federal. Ele jura que não pretende entrar na disputa. Mas política o que é hoje, não é amanhã.

Além desses nomes, há outros atores na política que se colocam para uma disputa majoritária, podendo mexer no tabuleiro da disputa da Câmara Federal, mais mais adiante. É o caso de Marília Arraes, Miguel Coelho, Silvio Costa Filho e o ex-prefeito de Olinda Professor Lupércio, que têm os nomes colocados para o Senado. A depender da escalação das chapas, podem mudar de rota e engordar a lista dos candidatos a deputado federal.

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