Neste domingo (6), 158.869.197 eleitores das 5.569 cidades de todo o país vão às urnas no primeiro turno da eleição. Por nove horas, das 8h às 17h, poderão escolher prefeitos e vereadores de suas cidades. No entanto, em 103 municípios brasileiros essa disputa pode ter sequência, caso nenhum candidato a prefeito tenha sido eleito para o cargo por maioria absoluta (metade mais um dos votos válidos) na primeira fase da eleição. Em Pernambuco, o segundo turno pode ocorrer em seis cidades, mas só em quatro delas, segundo as pesquisas, há a possibilidade de ocorrer uma nova etapa, o que seria inédito no Estado. De quebra, as eleições servirão prévia para a disputa pelo Governo do Estado, em 2026.
Desde que foi instituída a possibilidade de uma disputa em duas etapas, na Constituição de 1988, Pernambuco experimentou poucas eleições em dois turnos. No Recife, por exemplo, foram apenas três: 2000, 2016 e 2020. Até então, o pleito com o maior número de disputas em duas etapas foi o de 2000, com embates no Recife, Olinda e Jaboatão.
Com a eleição do Recife praticamente resolvida, com o prefeito e candidato à reeleição, João Campos (PSB), liderando com larga margem, segundo as pesquisas, e com o embate em Petrolina caminhado para ser resolvido neste domingo, com a reeleição do prefeito Simão Durando, o foco no segundo turno serão as disputas em Jaboatão dos Guararapes, Olinda, Caruaru e Paulista.
Segundo turno em Pernambuco
Segundo maior eleitorado de Pernambuco, Jaboatão tem um quadro indefinido. O prefeito e candidato à reeleição, Mano Medeiros (PL), está confirmado no segundo turno, com a possibilidade, ainda remota, de encerrar a eleição neste domingo. No entanto, a segunda vaga é uma incógnita, sendo disputada pelo ex-prefeito Elias Gomes (PT) e a deputada federal Clarissa Tércio.
As outras três disputas – Olinda, Paulista e, principalmente, Caruaru – serão uma espécie de prévia do possível confronto em 2026 entre a governadora Raquel Lyra (PSDB) e o prefeito João Campos. É o caso da Cidade Patrimônio da Humanidade, em que os dois lados estão representados em Mirella Almeida (PSD), do lado do Governo do Estado, e Vinícius Castello, que tem o apoio do socialista.
A história se repete em Paulista, nesse caso um embate raiz entre o PSDB de Raquel, representado pro Ramos, e o PSB de João Campos, com o ex-prefeito Junior Matuto.
No entanto, a atenção maior será a disputa em Caruaru, terra da governadora Raquel Lyra, que já esteve ao menos cinco vezes durante a campanha para potencializar a candidatura do prefeito e candidato à reeleição Rodrigo Pinheiro (PSDB), que a sucedeu no comando do município. No outro extremo está o ex-prefeito Zé Queiroz (PDT), que recebeu o apoio de João Campos ainda em março passado. Por ser a cidade de Raquel, é o tipo da eleição em que um resultado negativo terá grandes repercussões nos próximos dois anos.
É nesse contexto que os 7.157.222 eleitores de Pernambuco vão ás urnas deste domingo (6), na eleição em que as consequências para os próximos anos da política no Estado vão além das simples escolhas dos 184 prefeitos e vereadores.
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