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Desoneração da folha de pagamento volta à pauta do Senado

Governo e senadores seguem nas negociações em torno da compensação da desoneração da folha de 17 setores da economia
Indústria de tecidos confecções vestuário desoneração da folha de pagamento Confecção Cobra D'Água, Vila velha (ES) 19.05.2006 
Vila velha (ES) 19.05.2006 -
O setor de confecção/vestuário é um dos 17 da economia brasileira beneficiados desde 2012 com a política de desoneração da folha de pagamento. Foto: Miguel Ângelo/Divulgação

O presidente do Senado, Rodrigo Pacheco, incluiu o projeto de reoneração gradual da folha de pagamento de 17 setores da economia (PL 1.847/2024) na pauta da sessão plenária de terça-feira (16). Governo e senadores seguem nas negociações em torno da compensação da desoneração da folha.

A proposta mantém a desoneração total neste ano e determina a reoneração gradual da tributação sobre a folha de pagamento de 2025 a 2027.

A votação desse projeto estava prevista para a última quarta-feira (10), mas nem chegou a ser anunciada durante a sessão plenária por falta de acerto sobre as compensações, exigência imposta pelo Supremo Tribunal Federal (STF).

São beneficiados pela desoneração os seguintes setores: calçados, call center, comunicação, confecção/vestuário, construção civil, empresas de construção e obras de infraestrutura, couro, fabricação de veículos e carroçarias, máquinas e equipamentos, proteína animal, têxtil, TI (tecnologia da informação), TIC (tecnologia de comunicação), projeto de circuitos integrados, transporte metroferroviário de passageiros, transporte rodoviário coletivo e transporte rodoviário de cargas.

Rejeição à proposta de desoneração do governo

Os líderes partidários rejeitaram a proposta do governo de compensar a desoneração da folha de pagamento de 17 setores da economia e dos pequenos municípios com o aumento de 1 ponto percentual na alíquota da Contribuição Social sobre Lucro Líquido (CSLL), tributo que incide sobre o lucro das empresas.

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O senador Eduardo Braga (MDB-AM) afirmou que a sugestão da equipe econômica é o mesmo que “dar com uma mão e retirar com a outra”. O líder do governo no Congresso Nacional, Randolfe Rodrigues (sem partido-AP), advertiu que as propostas dos senadores para a compensação, a exemplo da taxação das compras internacionais e atualização de ativos, não são suficientes para cobrir os R$ 17 bilhões de despesas estimadas com a desoneração neste ano.

O relator do projeto é o líder do governo na Casa, senador Jaques Wagner (PT-BA). Ele deve apresentar um relatório com as compensações acertadas com os líderes partidários.

A reoneração começa no próximo ano, com a contribuição patronal dos 17 setores à Previdência Social sendo feita da seguinte forma:

•     2024: desoneração total;

•     2025: alíquota de 5% sobre a folha de pagamento;

•     2026: alíquota de 10% sobre a folha de pagamento;

•     2027: alíquota de 15% sobre a folha de pagamento;

•     2028: alíquota de 20% sobre a folha de pagamento e fim da desoneração.

*Com informações da Agência Senado

Leia mais: Fazenda reduz para R$ 18 bi impacto da desoneração da folha em 2024

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