Aliado de Raquel, Armando diz ser independente para poder analisar a gestão

Em 6 de setembro de 2023, o ex-ministro e ex-senador Armando Monteiro Neto pegou o mundo político de surpresa ao anunciar a sua saída da saída do PSDB, então presidido pela governadora Raquel Lyra. Sete meses depois, ele afirma que a sua atitude não foi um estremecimento ou um rompimento com a gestora. Mas acrescenta […]
Armando Monteiro Neto acredita que a relação do Governo com a classe política precisa melhorar Foto: Jéssica Lima
Armando Monteiro Neto acredita que a relação do Governo com a classe política precisa melhorar Foto: Jéssica Lima

Em 6 de setembro de 2023, o ex-ministro e ex-senador Armando Monteiro Neto pegou o mundo político de surpresa ao anunciar a sua saída da saída do PSDB, então presidido pela governadora Raquel Lyra. Sete meses depois, ele afirma que a sua atitude não foi um estremecimento ou um rompimento com a gestora. Mas acrescenta que tem uma posição de independência em relação à gestão estadual.

Acrescentando que não está vinculado ou faz do Governo, Armando diz que procura ajudar no projeto, que considera ser importante para Pernambuco por ter inaugurado um novo ciclo político.

“(Esse projeto) é liderado por uma pessoa que tem atributos e qualidades do ponto de vista de liderança, do seu perfil Republicano, da capacidade de trabalho. Por outro lado, quero ter uma posição independente para poder apontar erros, para poder sugerir algumas correções de rumo. Para poder fazer uma avaliação do que eu entendo que deva mudar. Evidentemente quando eu tenho oportunidade de poder levar uma opinião”, destacou o ex-ministro.

Reforçando a sua posição de que não houve uma questão pessoal com Raquel, ele lembrou que deixou o PSDB por acreditar que o partido ficou “hibernando” depois que passou a eleição.

“Ficou sem nenhuma atividade, porque, a meu ver de forma equivocada, a governadora ficou acumulando a presidência, mas com os encargos do Governo. Ela priorizou a atividade do Governo e não é do partido. Depois ela reconheceu, até a ponto de ter mudado, de ter saído, de ter feito uma mudança. Agora, eu tô num partido da base de apoio dela. Não saí para o outro Campo. Nós podemos não estar na mesma casa, mas estamos na mesma rua”, colocou.

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Armando vê problemas na área da saúde

Na posição de independente, Armando avalia, como em setembro, que a gestão estadual tem alguns problemas nas áreas de saúde e segurança. E acrescenta a questão da relação com a classe política como algo que precisa melhorar. Também coloca que chegou o momento das entregas.

“Houve mudança na estrutura da segurança pública. Isso pode não estar produzindo resultados ainda que nós esperamos, a gente sabe que essa é uma área problemática. Já sobre a saúde, toda pesquisa que se faça, em qualquer tempo, essa é uma área muito sensível, muito difícil. Acho que precisa ela precisa promover ajustes nessa área. Agora, eu mantenho a minha confiança e o meu compromisso com o Governo dela”, pontuou Armando.

Ele alerta, também, para a relação com a classe política. Ele vê problemas na relação com a Assembleia Legislativa, da forma como os projetos foram encaminhados para a Casa, que o ex-ministro entende que deveriam ser “precedidos de maior diálogo”.

“Acho que essa questão política está melhorando, mas foi um problema no período inicial do governo. Há de se acertar essa interlocução com a classe política, que não funcionou bem. Esse é um registro”, ponderou o ex-senador.

O alerta se estende para o horizonte das eleições municipais de outubro. Para ele, a articulação do governo precisa “ser muito efetiva, precisa estar muito ajustada” para um resultado mais expressivo nas eleições.

“É preciso ter um olhar sobre as eleições municipais. Que haja uma ação bem coordenada e articulada, porque as eleições municipais são muito importantes. Tenho confiança de que esse conjunto é político que ela lidera vai ter um bom desempenho”, destaca.

Indagado se leva essas análises para a governadora, e com qual frequência, Armando diz que fala sempre que é chamado.

“Olhe eu tô naquela situação que é o seguinte: eu converso todas as vezes que ela quer conversar. Acho que mais importante do que a frequência, acho que a qualidade da conversa. Quando a gente conversar de maneira franca, absolutamente honesta no sentido de transmitir o que é a sua percepção, é sempre bom. E ela é sempre muito atenciosa na interlocução”, explicou o ex-ministro.

“Posto em sossego”

Aos 72 anos, e depois de disputar três eleições majoritárias, de ter sido deputado federal e senador, Armando Monteiro Neto olha para o horizonte de disputa em 2026 sem ansiedade. Há seis anos sem mandato, diz estar feliz curtindo a família, após 20 anos de vida pública, mas acrescenta que não se afastou a política. O seu escritório na Ilha do Leite, diz, está sempre cheio.

“Nas eleições municipais eu tenho ajudado alguns grupos em alguns municípios. Eu não me afastei da atividade política. Ainda que esteja sem mandado, eu acompanho, eu participo. Olhando para o futuro Eu tô vamos dizer posto em sossego, mas se houver uma convocação amanhã, eu tô disponível”, colocou o ex-senador.

Indagado se o que mais o encanta é o barulho da Câmara dos Deputados ou a tranquilidade do Senado, disparou: “A idade vai dando uma acomodação natural. As casas mais vibrantes são para os mais jovens.

 O Senado é a casa tradicionalmente das pessoas que têm, vamos dizer, mais idade, um número menor de integrantes. Você tem muita gente, como ex-governadores, pessoas que acumularam experiência. É uma casa muito interessante. Eu realmente gostei muito da experiência que tive lá no Senado. Mas é como disse: não tenho ansiedade. Eu não tenho projeto a priori, agora. Mas eu sempre gosto de dizer: Tô vivo”.

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