O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulgou nesta sexta-feira o número do Produto Interno Bruto (PIB) de 2023. No quatro trimestre o PIB ficou estável em relação ao terceiro e terminou o ano de 2023 com crescimento de 2,9% e um valor total de R$ 10,9 trilhões. Em 2022, a taxa de crescimento havia sido 3%.
Houve ajustes na taxa para o terceiro trimestre do ano. A taxa de crescimento de julho a setembro ficou em 0,1%, em comparação ao segundo trimestre.
O IBGE atualizou também as taxas de variação da série com ajuste sazonal para o segundo trimestre de 2023, que tinha sido alta de 1%, para aumento de 0,8%, e para o primeiro trimestre, de 1,4% para 1,3%, na série com ajuste sazonal.
Quem puxou o PIB
O crescimento do PIB no ano foi puxado por uma alta recorde de 15,1% do setor agropecuário, o maior avanço desde o início da série histórica da pesquisa, em 1995. Também apresentaram aumentos os setores da indústria (1,6%) e do serviços (2,4%).
“A agropecuária cresceu 15,1% no ano passado, puxada muito pelos crescimentos nas produções de soja e milho, duas das mais importantes lavouras do Brasil”, explicou a pesquisadora do IBGE, Rebeca Palis. “A indústria extrativa mineral, com a extração de petróleo e minério de ferro, cresceu bastante também”.
Segundo Rebeca, a agropecuária e a indústria extrativa responderam por metade do crescimento do PIB. “Vale ressaltar também duas outras atividades importantes na economia: a parte de eletricidade, água, gás e esgoto e a parte de intermediação financeira”.
Sob a ótica da demanda, o crescimento foi puxado pelo consumo das famílias (3,1%), consumo do governo (1,7%) e exportações (9,1%). A queda de 1,2% das importações também contribuiu para o resultado. A formação bruta de capital fixo, isto é, os investimentos, por outro lado, caiu 3% no ano.
Na passagem do terceiro para o quarto trimestre do ano, o PIB manteve-se estável. Já na comparação do quarto trimestre de 2023 com o mesmo período do ano anterior, houve alta de 2,1%.
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