Parque eólico vai receber investimento superior a R$ 3 bilhões no interior da Bahia

A ser instalado no Centro-Norte da Bahia, o empreendimento vai gerar energia suficiente para abastecer 1,37 milhão de domicílios.
A foto é de outro parque da empresa Casa dos Ventos que foi pioneira na implantação de grandes parques eólicos no Brasil. Foto: Divulgação

O Complexo Eólico Babilônia Centro receberá um investimento superior a R$ 3,16 bilhões, financiados pelo Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES). É o maior financiamento em energia renovável concedido pela instituição financeira. A partir de 2025, o empreendimento vai fornecer 40% da energia consumida pela ArcelorMittal Brasil, multinacional que produz aço e é uma grande consumidora de energia.

Para o leitor ter ideia, o empreendimento vai gerar energia suficiente para abastecer 1,37 milhão de domicílios. O parque será instalado nas cidades Morro do Chapéu e Várzea Nova, no Centro Norte da Bahia. O primeiro município fica a cerca de 12 km da linda Chapada Diamantina. O empréstimo de R$ 3,16 bilhões foi concedido à Ventos de Santos Antônio Comercializadora de Energia S.A., representando 80% do total a ser investido no projeto.

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O empreendimento a ser instalado resulta numa joint-venture entre a empresa de energia renovável cearense Casa dos Ventos e a multinacional ArcelorMittal. Quando entrar em operação, 40% do consumo elétrico da ArcelorMittal do Brasi vai sair do Complexo Babilônia Centro. O parque terá 123 aerogeradores, uma capacidade instalada de 553,5 megawatts (MW) e uma produção de energia estimada em 267 MW médios.

A estimativa é de que sejam criados 1.500 postos de trabalho diretos e 3.000 indiretos durante a fase de instalação do complexo. Depois da conclusão, o empreendimento vai empregar diretamente 80 funcionários e indiretamente outros 150 trabalhadores.

O complexo vai permitir que a ArcelorMittal Brasil seja autoprodutora de energia por meio do maior contrato corporativo de energia renovável celebrado no país. “Essa operação reforça o compromisso do BNDES com projetos de geração renovável de grande escala, na busca por uma matriz energética cada vez mais sustentável para o Brasil, com produção de energia limpa e estímulo à descarbonização”, afirmou o presidente do banco de fomento, Aloizio Mercadante. Os projetos financiados pelo BNDES representam 57,5% do total da capacidade eólica instalada no Brasil, que é de 28,7 GW, segundo informações da instituição.

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“O avanço da implantação deste projeto é um marco importante para a ArcelorMittal, porque está em linha com o nosso objetivo global de ser carbono neutro até 2050 e reduzir em 25% as emissões específicas até 2030. O Complexo Eólico Babilônia Centro vai assegurar energia limpa e contribuir para a descarbonização das operações da empresa no Brasil. O investimento em energia renovável é fundamental para uma economia de baixo carbono e um futuro sustentável”, disse o presidente da ArcelorMittal Brasil e CEO Aços Longos e Mineração Latam, Jefferson De Paula.

“Efeitos multiplicadores”, do parque eólico

Para o diretor-executivo da Casa dos Ventos, Lucas Araripe, o empreendimento trará efeitos multiplicadores na economia local. “Nossos projetos eólicos no semiárido brasileiro são motores de mudança social: geram empregos, intensificam a economia e potencializam a arrecadação municipal; essas ações transformam a realidade das regiões, promovendo o desenvolvimento sustentável e melhorando a qualidade de vida das comunidades”, argumentou.

Uma rede de média tensão levará a energia produzida pelos aerogeradores à subestação coletora do Babilônia Centro. A partir daí, a conexão com o Sistema Interligado Nacional será feita por uma linha de transmissão de aproximadamente 17 km até a subestação Ourolândia II, que já está em operação.

O complexo eólico evitará a emissão anual de aproximadamente 950 mil toneladas de Co2 na atmosfera, segundo um cálculo feito pelo Método Ajustado do Ministério da Ciência e Tecnologia do País. Ainda de acordo com o BNDES, a instituição financiou, desde o ano de 2000, cerca de 70% do aumento de capacidade de geração do país, correspondentes a 78,8 GW adicionais, dos quais 86% foram de fontes renováveis.

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