A geração própria de energia solar ultrapassou, os 25 gigawatts (GW) de potência instalada no Brasil com 2,2 milhões de pequenos sistemas instalados nos telhados das casas, comércios, indústrias, propriedades rurais e prédios públicos, segundo informações da Associação Brasileira de Energia Solar Fotovoltaica (Absolar). É a primeira vez que este tipo de geração chega neste patamar. Para o leitor ter uma ideia, a Companhia Hidrelétrica do São Francisco (Chesf) tem cerca de 10 GW (de potência instalada).
Em outubro último, a geração própria estava com uma capacidade instalada em 24 GW. Atualmente, a energia produzida por estes pequenos sistemas estão sendo consumidas em mais de 3,2 milhões de unidades consumidoras. Pelos cálculos da Absolar, ocorreram investimentos da ordem de R$ 125,8 bilhões para implantar estes pequenos sistemas desde 2012. Eles contribuíram para gerar 751,2 mil empregos em todas as regiões do País e geraram uma arrecadação, aos cofres públicos, de R$ 31,5 bilhões.
Outro dado interessante do levantamento da Absolar: a geração solar fotovoltaica está presente em 5.548 municípios do total das 5.568 cidades existentes no Brasil. Todos os Estados também possuem este tipo de geração.
Segundo o CEO da Absolar, Rodrigo Sauaia, o crescimento da geração própria de energia solar fortalece a sustentabilidade e alivia o orçamento das família. Isso ocorre porque os consumidores passam a comprar menos energia das distribuidoras e também vendem o que não consomem às empresas de distribuição.
Este tipo de produção de energia também evita que a energia seja transportada por grandes distâncias, diminuindo o nível de perda da energia, o que é bom para o sistema como um todo. “A geração própria instalada em telhados, fachadas e pequenos terrenos, diretamente nos centros urbanos e de consumo, ajuda a fortalecer e traz mais resiliência à rede elétrica, ao concentrar a geração de eletricidade próxima dos locais de consumo”, afirmou Rodrigo.
Ele também argumentou que “isso reduz o uso da infraestrutura de transmissão, aliviando pressões sobre sua operação e diminuindo perdas em longas distâncias, o que contribui para a confiabilidade e a segurança em momentos críticos”. Ou seja, este novo cenário também contribui para uma diminuição do risco de apagões.
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