Da Redação
O Programa CAIS, voltado para o empreendedorismo social, inicia nesta segunda-feira (20), a capacitação dos 75 projetos selecionados para seu programa de aceleração. A abertura da qualificação, que vai durar seis meses, terá a presença do prefeito do Recife, João Campos. A aula inagural acontece às 17h, no restaurante Moendo na Lage (Recife Antigo).
Os projetos foram definidos com base na avaliação do impacto social positivo em suas comunidades. Ao todo, nesta sétima edição do programa, 240 iniciativas participaram da seleção, que envolveu análise técnica e entrevistas.
O CAIS é um programa da Associação Incubadora Porto Social, que integra a Rede Muda Mundo. “Buscamos promover uma interação entre os empreendimentos sociais que conectam pessoas, fortalecem as redes da sociedade civil e contribuem para a redução da desigualdade social”, afirma o presidente do Porto Social, Fábio Silva.
Programa de empreendedorismo social com novo nome
O Programa de Qualificação de Iniciativas Sociais (CAIS) é o antigo INCS, agora rebatizado e ampliado. O programa passou por um rebranding, com alinhamento do propósito ao Porto Social e também mudança de identidade visual, para refletir o novo momento da marca.”Não queremos apenas incubar, mas preparar iniciativas para novas jornadas“, explica Fábio Silva.
Esse ano, o programa teve o maior número de inscritos para a capacitação, que inclui mentoria, desenvolvimento, estruturação e aceleração. Ao todo, 350 projetos foram beneficiados pelo programa desde a criação, em 2016.
As lideranças dos projetos selecionados passam por uma experiência de incubação, com workshops, palestras, oficinas, aulas e atividades que visam a qualificação e aprimoramento da capacidade de geração de resultados para a sociedade. A capacitação da nova turma será realizada no formato híbrido, com aulas presenciais na Casa Zero – primeiro shopping social do Recife – e também conteúdos on-line.
Empreendedorismo social no IPSEP
Um dos projetos aprovados para o CAIS, em 2023, é a Feirinha do Ipsep, realizada no bairro da Zona Sul da cidade. “Esperamos fortalecer o ambiente da feirinha, ampliando as estratégias de comunicação, estimulando a experiência de visitar um bairro fora dos grandes centros e ampliando o alcance da captação de recursos e parcerias. Queremos que reconheçam nosso trabalho no empreendedorismo feminino e valorizem esse potencial”, afirma a líder da iniciativa, Paula Maciel.
Amoforte passou pelo CAIS
O Amoforte é um dos projetos que já passou pelo CAIS e hoje comemora os resultados da capacitação. Escolhida em 2022, a iniciativa de urbanismo social e sustentável, deu um salto importante com a incubação.
“O programa foi fundamental para que a gente deixasse de atuar de forma intuitiva e se especializasse. Conseguimos nos formalizar e estamos buscando recursos, usando o conhecimento adquirido para crescer e impactar a vida das pessoas”, afirma a presidente Adriana Andrade.
“Com o CAIS, além da qualificação, tivemos uma troca de experiências com outros projetos, fortalecendo a nossa organização enquanto rede de empreendedorismo social. Sabemos que não estamos sozinhos”, acrescenta.
O que é o Porto Social?
O Porto Social é a incubadora e aceleradora da plataforma Rede Muda Mundo, antiga Transforma Brasil. Parceira da Organização das Nações Unidas (ONU), a rede é o maior ecossistema de inovação social e voluntariado do Brasil, com mais de 1 milhão de voluntários, sete mil iniciativas sociais cadastrados na plataforma e 3,5 milhões de horas de voluntariado. Com diferencial mercadológico, a entidade oferece certificado de horas de voluntariado e currículo social para os voluntários de todo o país.
A instituição – que atua no Recife (PE), Campinas (SP), Petrópolis (RJ) e Campina Grande (PB) – conta com um prêmio da ONU como um dos programas que mais contribui para o desenvolvimento das cidades no mundo.
O que é empreendedorismo social?
O empreendedorismo social tem como um dos principais objetivos transformar comunidades ou minimizar impactos negativos ocasionados por problemas sociais. Iniciativas desse tipo estão pautadas em questões como meio ambiente, desemprego, falta de atendimento médico e exclusão de grupos. Os ganhos financeiros não são o foco principal desse tipo de organização. Porém, podem ser gerados como uma consequência do sucesso do serviço desenvolvido. Desse modo, quando isso acontece, o lucro é usado para cobrir os custos do projeto, remunerar os participantes e ampliar a iniciativa.
