Parque de geração solar da Kroma, em Flores, fica pronto em outubro

O investimento no parque de geração solar foi de R$ 340 milhões
O Complexo Fotovoltaico São Pedro e Paulo recebeu 153.816 painéis que captam a radiação solar. Foto: Kroma/Divulgação

Pernambuco terá mais um parque solar em operação nos últimos dias de outubro, quando vai entrar em funcionamento o Complexo Fotovoltaico São Pedro e Paulo na cidade de Flores, a 341 km do Recife. O investimento foi de R$ 340 milhões e o empreendimento é da empresa pernambucana Kroma Energia e da Elétron Energy, ambas comercializadoras de energia no mercado livre, embora tenham também empreendimentos na área de geração. 

No parque solar, foram montados 153.816 painéis fotovoltaicos que captam a radiação solar. As obras começaram em novembro do ano passado e serão concluídas em outubro com 550 pessoas trabalhando durante a construção, sendo 400 delas da região. “Chamou a nossa atenção a produtividade do profissional sertanejo que conseguiram montar mil paineis por dia numa equipe de oito pessoas. Eles estão virando craque nisso”, comenta o presidente da Kroma Energia, Rodrigo Mello. 

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A energia produzida pelo parque solar será de 101 megawatt-pico (MWp). Esta energia é suficiente para abastecer todas as casas do Sertão do Pajeú, segundo Rodrigo. Aquela região tem 17 municípios, incluindo a cidade de Flores, e cerca de 300 mil habitantes que moram em aproximadamente 150 mil residências. 

Quando entrar em operação, o parque de geração solar vai gerar emprego para 40 pessoas. “Os trabalhadores do parque vão morar em Flores, Serra Talhada ou Triunfo e ganhar numa faixa salarial acima da média da cidade”, comenta Rodrigo.

Toda a energia a ser produzida pela geradora já está comercializada, sendo que 30% foi vendido nos leilões de energia realizados para abastecer o mercado cativo e 70% serão destinados aos clientes do mercado livre. O mercado cativo é formado pelos consumidores que só podem comprar energia de uma única empresa, como é o caso dos pernambucanos que compram da distribuidora Neoenergia Pernambuco (antiga Celpe). Já o mercado livre é formado por clientes que consomem em alta tensão e podem escolher a empresa da qual vão adquirir a energia. 

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O parque pernambucano é a segundo empreendimento de geração da Kroma, que começou vendendo energia no mercado livre há 15 anos. O primeiro empreendimento de geração foi também um parque solar em Quixeré, na Serra do Apodi, interior do Ceará. Este produz desde 2018 e tem a capacide instalada de 162 MWp. Atualmente, 80% do faturamento da empresa vem da comercialização de energia e 20% da geração. “A ideia é atingir 50% de geração”, diz Rodrigo.

Presidente da Kroma Energia, Rodrigo Mello, diz que o mercado livre de energia vai crescer mais em janeiro com a abertura do mercado. Foto: Kroma/Divulgação

Mercado livre de energia

“A tendência é o mercado livre crescer mais com a abertura em janeiro. Vão migrar para o mercado livre os restaurantes, clínicas, academias de ginástica, supermercados de menor porte e até clubes. São consumidores menores que não podem deixar de economizar 30% na conta de luz”, comenta Rodrigo. A partir de janeiro, todos os clientes que consomem em alta tensão podem fazer parte do mercado livre, que tem o preço final mais barato ao consumidor do que o mercado cativo. 

A compra da energia no mercado livre também possui um apelo ambiental com os consumidores tendo direito a um certificado chamado I-RECs, no qual pode ser comprovada a rastreabilidade da fonte de energia renovável. Numa época em que se está dando muita importância a descarbonização da economia, este certificado também é interessante para as empresas que assumiram metas de redução das emissões de carbono.

Somente em 2022, a compra de energia renovável pelos clientes da Kroma evitaram a emissão de 7 mil toneladas de carbono na atmosfera. Atualmente, a comercializadora faz a gestão de mais de 400 unidades consumidoras.

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