Exonerada de cargo na EBC influencer que participou de atos criminosos no DF

A influencer Karol Eller tinha cargo comissionado desde 2019 e recebia salario de R$ 10 mil na EBC
Karol Eller exonerada da EBC
A influencer tinha proximidade clara com o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). Foto: reprodução Instagram

Nesta segunda-feira (9), uma funcionária que ocupava um cargo comissionado na Empresa Brasil de Comunicação (EBC) – responsável pela comunicação do Governo Federal – foi exonerada da empresa pública. Flávia Carolina Andrade Eller, influenciadora bolsonarista, trabalhava desde 2019 na Gerência de Jornalismo Web da empresa, atuando no Rio de Janeiro, no “Cargo Em Comissão de Assessor I”, com salário mensal de R$ 10.721,79. A jovem participou dos atos criminosos na sede dos três poderes, no Distrito Federal, registrados no último domingo (8) e registrou a participação em suas redes sociais, onde acumula quase meio milhão de seguidores.

Karol Eller – como ela assina em seus perfis na internet – tem explícitas ligações com a família Bolsonaro, especialmente com o filho mais novo (entre os homens) do ex presidente, o empresário Jair Renan. Em sua defesa, a influencer disse (em postagens nas redes) que teria participado apenas dos ‘protestos’, não da invasão, que chamou de “vandalismo” e disse que deixou o local quando a violência foi instaurada.

- Publicidade -

Esta foi a primeira exoneração ocorrida na EBC após a mudança de governo. No entanto, o Ministério da Comunicação não revelou se o motivo dos desligamentos terem começado por Eller tem relação com seu envolvimento com a invasão de vândalos bolsonaristas a prédios públicos dos poderes executivo, legislativo e judiciário, em Brasília. No entanto, o ministro Paulo Pimenta já havia visitado a EBC e conversado com funcionários concursados, que lhe pediram que fosse feita uma renovação de quadros, especialmente entre diretores e ocupantes de cargos comissionados.

Entenda o caso

No último domingo (8), bolsonaristas radicais, golpistas e criminosos invadiram e depredaram o Congresso Nacional, o Supremo Tribunal Federal (STF) e o Palácio do Planalto,  num ataque sem precedentes à democracia brasileira. Obras de arte, objetos históricos, vidraças, armas e mobiliário dos prédios foram quebrados e roubados e também espalharam fezes e urina nas salas e gabinetes. O prejuízo ao patrimônio público ainda está sendo calculado. O governador do DF, Ibaneis Rocha, e seu secretário de segurança, Aderson Torres foram afastado dos cargos e uma intervenção militar foi decretada na segurança pública do estado.

- Publicidade -

Leia também:

Mercado acompanha possíveis sequelas na economia dos ataques em Brasília

Entidades do setor econômico repudiam invasões criminosas aos prédios dos poderes em Brasília

Chega a 1,2 mil o número de presos removidos da frente do QG do Exército em Brasília

Moraes afasta governador do Distrito Federal por 90 dias

Governadores do NE mobilizam suas tropas para reforçar segurança em Brasília

Em nota, presidentes dos Três Poderes chamam atos de “golpistas”

- Publicidade -
- Publicidade -

Mais Notícias

- Publicidade -