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A Maersk cobriu em R$ 5 milhões a oferta pela área do EAS no Porto de Suape

A APM Terminal, da Maersk, venceu o leilão para ocupar uma área que foi do EAS. Será instalado um novo terminal de contêineres no local.
Porto de Suape
O Porto de Suape terá um novo terminal de contêineres da APM Terminal, que pertence à Maersk Foto: Divulgação/ Porto de Suape.

O APM Terminals, do Grupo Maersk, cobriu em R$ 5 milhões a oferta pela área do Estaleiro Atlântico Sul (EAS) feita pelo grupo pernambucano Conepar e a ICTSI Rio, que em forma de consórcio, ofereceram uma proposta de compra no valor de R$ 450 milhões para adquirir a área da Unidade Produtiva Isolada da UPI Pré-constituída B, do EAS, que está em recuperação judicial. A oferta das duas empresas ocorreu durante o leilão realizado na quinta-feira (21). A atual proposta do APM Terminals foi de R$ 455 milhões.

Anteriormente, a Maersk, como stalking horse, tinha oferecido R$ 300 milhões para adquirir a área. O Stalking horse é um concorrente do qual a vendedora dá a preferência na compra da área que está sendo disputada. Nos autos, a APM informou estar exercendo o seu direito de preferência.

A Maersk já tem um projeto para a área e pretende instalar um novo terminal de contêineres, o que traria concorrência ao Tecon-Suape, do grupo ICTSI Rio, que opera com monopólio os contêineres desde 2001 no Porto de Suape.

A APM Terminals vai implantar um Terminal de Uso Privativo (TUP) para movimentar contêineres e terá isso de forma diferenciada pois a área está fora do porto organizado, o que significa que não terá concessões, tarifas ou padrões operacionais no padrão de quem faz parte do porto organizado, como é o caso do Tecon-Suape.

A proposta marca o fim de uma grande disputa envolvendo o ICTSI e outros concorrentes com a suspensão do leilão para vender as áreas ocorrendo por determinação da Justiça pelo menos duas vezes. O que está em jogo é a implantação de uma concorrência na movimentação de contêineres do Porto de Suape cujas tarifas são consideradas altas pelo empresariado local. Como consequência disso, algumas cargas, como as frutas do Vale do São Francisco já migraram para os portos vizinhos.

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Em nota, a APM Terminal informou que “concluídos as etapas do leilão judicial e acertos finais entre o EAS e a APM Terminals, a empresa espera ser oficialmente declarada a vencedora do leilão. O fechamento da transação ainda está sujeito à obtenção das aprovações regulatórias relevantes e certas licenças e autorizações necessárias para instalar e operar o novo terminal.”

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