PIB de Pernambuco cresceu 0,6% no primeiro trimestre de 2022

O PIB de Pernambuco está estagnado. Setores que puxam a economia, como o comércio e a indústria registraram quedas no primeiro trimestre de 2022.
A indústria puxou o PIB de pernambuco para baixo no primeiro trimestre de 2022
Em Pernambuco, a indústria caiu 6,6% no primeiro trimestre de 2022. O comércio também registrou queda. O resultado positivo ocorreu por causa da agropecuária que cresceu 9,9% no primeiro trimestre de 2022

No primeiro trimestre de 2022, o Produto Interno Bruto (PIB) de Pernambuco, a preços de mercado, apresentou crescimento de 0,6% e 0,3%. O primeiro percentual compara com o mesmo período de 2021. E o segundo com os três meses do período imediamente anterior. O crescimento da economia do Estado está praticamente estagnado depois de dois anos de uma grande crise provocada pela pandemia do novo coronavírus. A performance da economia pernambucana foi puxada pra baixo por causa da queda de 6,6% da indústria e o crescimento pequeno de 2,1% no setor de serviços nos três primeiros meses deste ano. Os serviços são responsáveis por 75,5% do PIB pernambucano.

O Brasil registou, no primeiro trimestre deste ano, o crescimento de 1%, comparando com o trimestre imediatamente anterior e de 1,7%, quando a comparação é feita com os três primeiros meses do ano passado.

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Segundo o diretor de Estudos, Pesquisa e Estatística da Condepe/Fidem, Maurílio Lima, o cenário econômico de Pernambuco se mantém no processo de recuperação da retração sofrida principalmente com os efeitos da crise sanitária provocada pela Covid-19. “O resultado mostra um comportamento estável da economia comparado com os trimestres antecedentes.”, explica o diretor.

A agropecuária está salvando o PIB

Ainda com relação ao primeiro trimestre deste ano, o setor que apresentou a melhor performance, em Pernambuco, foi a agropecuária com um crescimento de 9,9%. Os principais destaques no segmento foram as lavouras temporárias com um aumento de 15,6% com destaque para as produções de mandioca, feijão, milho, melancia, melão e batata-doce; as lavouras permanentes que registraram um crescimento de 12,8%, incluindo café, banana, castanha-de-caju, maracujá, goiaba, uva e coco-da-baía. A pecuária registrou uma alta de 5,5% puxada pelo aumento da produção de ovos, leite, aves e suinocultura. A participação da agropecuária é de 4,2% na composição do PIB de Pernambuco.

A retração relacionada à indústria ocorreu, segundo Maurílio, porque não houve uma recuperação da construção civil (-6,0%), aconteceu uma queda na produção do setor automotivo (-10,9%) e a produção de refino de petróleo que também não se recuperou desde o segundo semestre do ano passado. No primeiro trimestre deste ano, o refino de petróleo e coque registou uma queda de 24%, comparando com o mesmo período do ano anterior. A indústria de transformação registrou um recuo de 8,4%. Inteiro, o setor industrial tem um peso de 20% na economia pernambucana.

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Já o segmento de serviços, teve um crescimento pequeno pela queda de algumas atividades muito importantes para o Estado, como por exemplo, o comércio que registrou um recuo de 4,2% no primeiro trimestre deste ano. Além de ser um dos principais empregadores em Pernambuco, o setor tem uma participação de 13,6% na composição da economia pernambucana.

O crescimento do PIB e a sua vida

É importante o crescimento do PIB porque isso mostra que a atividade econômica está aquecida. Quando isso ocorre, aumentam os investimentos realizados pelo setor privado e público, acontecendo também a contratação de mais trabalhadores pelas empresas, contribuindo para diminuir o desemprego.

O Brasil e Pernambuco precisam crescer em percentuais maiores para absorver toda a mão de obra que está desempregada atualmente. São cerca de 11 milhões de pessoas.

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