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Desemprego em PE figurou entre os três piores índices do país em 2021

O estado teve o terceiro maior número de desocupados em 2021, segundo dados IBGE
carteira de trabalho
O levantamento apontou também um alto índice de informalidade no estado em 2021. Foto: Marcello Casal JR

De acordo com a pesquisa Síntese de Indicadores Sociais (SIS), divulgado pelo IBGE na última sexta-feira (02), a taxa de desocupação em Pernambuco aumentou em 2021, chegando a 20,2%. É o terceiro maior índice do país, superado apenas pela Bahia (21,3%) e por Sergipe (20,6%). Em números absolutos, 830 mil pessoas procuraram emprego em algum momento do ano passado e não encontraram. Em 2020, o mesmo índice havia sido de 17,1%.

Avaliando a diferença entre os gêneros, a desocupação entre as mulheres foi ainda maior, alcançando 25% no período, enquanto, para os homens, o índice foi de 16,9%. Considerando cor ou raça, a taxa de desocupação entre os brancos foi de 18,6%. Entre os pretos e pardos, o percentual aumenta para 21,1%.
A SIS também mostra o quanto os jovens sofreram com o desemprego no estado em 2021: a taxa de desocupação foi de 32,1% entre a população de 14 a 29 anos, contra 17% para a faixa de 30 a 49 anos e 8,7% para os trabalhadores de 50 anos ou mais.

O tempo de procura de trabalho para a população desocupada foi outro fator mensurado na Síntese de Indicadores Sociais. Em 2021, 49,9% desses trabalhadores procuravam ocupação há menos de um ano e 19,7% entre um ano e dois anos. Entre os desempregados, 30,3%, procuravam recolocação há dois anos ou mais.

Renda

O rendimento médio de todos os trabalhos em 2021 no estado foi de R$ 1.801, e os trabalhadores receberam, em média, R$ 10,9 a hora, enquanto no Brasil a média é de R$ 14,9 a hora. Ao mesmo tempo, a taxa de informalidade entre a população ocupada é de 53,4%. Quanto aos rendimentos dos trabalhadores, em Pernambuco, os formais recebem, em média, R$ 2.667 por mês, enquanto os informais ganham R$ 944.

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Por recorte de sexo, os homens formalizados têm vencimentos médios de R$ 2.822, enquanto o valor para os informais é de R$ 1.017. As mulheres em ocupações formais ganham R$ 2.421, enquanto as mulheres em trabalhos informais recebem R$ 820. Por cor ou raça, os brancos formalizados recebem, em média, R$ 3.557, e os brancos informais ganham R$ 1.070. Os pretos ou pardos formalizados ganham R$ 2.126 e os pretos ou pardos informais recebem R$ 894.

Desigualdades

Em 2021, a concentração de renda entre os trabalhadores também aumentou. O grupo de 10% da população ocupada com maiores rendimentos recebeu, em Pernambuco, 15,7 vezes mais do que o 40% da população ocupada que ganha menos – número acima do índice nacional, que foi de 12,3 vezes. Quem está no décimo superior recebeu, em média, R$ 8.246, enquanto os mais pobres nesse patamar de renda receberam, aproximadamente, R$ 526. No ano anterior, a diferença era de 13,7 vezes.

Escolaridade

A SIS também detalhou a correlação entre educação e mercado de trabalho para os jovens pernambucanos. Dos mais de 2,3 milhões habitantes do estado entre 15 a 29 anos de idade, 25,3% só estudavam em 2021, 11% estudavam e estavam ocupados, 30% só estavam ocupados e 34,5% não estudavam e não estavam ocupados. Na faixa etária de 15 a 17 anos, 8,1% dos adolescentes disseram não estudar e nem ter uma ocupação. O número subiu para 41,5% no grupo entre 18 a 24 anos e se estabilizou em 40% para a faixa de 25 a 29 anos. Entre os 309 mil jovens que não estudavam e nem trabalhavam, 39,7% estavam na força de trabalho como população desocupada e 60,3% estavam fora da força de trabalho, ou seja, não trabalhavam e não estavam procurando emprego.

Leia também: Pernambuco é o 6º estado que mais gerou empregos formais em outubro

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