Pernambuco é o 6º estado que mais gerou empregos formais em outubro

Os dados são Caged e revelaram que, no Brasil, foram registrados 159.454 novos empregos no mês de outubro
Em Pernambuco, o número de novos empregos gerados foi de 8.113. Foto: Agência Brasília

O Brasil criou 159.454 postos de trabalho em outubro, resultado de 1.789.462 admissões e de 1.630.008 desligamentos de empregos com carteira assinada. No acumulado deste ano, o saldo é de 2.320.252 novos trabalhadores no mercado formal. Os dados são do estudo Estatísticas Mensais do Emprego Formal (Novo Caged), divulgado nesta terça-feira (29) pelo Ministério do Trabalho e Previdência. 

Nordeste

Na região Nordeste, Pernambuco teve o maior índice de geração de empregos da região no mês de outubro, com um saldo de 8.113 novos empregos de carteira assinada. Em seguida, vêm Bahia (+ 6.702), Ceará (+ 5.005), Alagoas (+ 4.335), Maranhão (+ 2.965), Rio Grande do Norte (2.009), Paraíba (+ 1.230), Sergipe (+ 995) e Piauí (+ 869).

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Pernambuco ocupa a sexta posição no ranking nacional de geração de empregos, atrás de São Paulo (60.404), Rio Grande do Sul (13.853), Paraná (10.525), Rio de Janeiro (8.677) e Minas Gerais (8.463).

Com estes resultados, o Governo do Estado contabiliza 129.646 novos postos de trabalho desde o lançamento do Plano Retomada – plano de recuperação econômica pós-crise da Covid-19 –  em agosto de 2021. Assim, a meta de gerar 130 mil novos empregos até o final de 2022 foi cumprida com dois meses de antecedência. 

Cenário nacional

O estoque de empregos formais no país, ou seja, a quantidade total de vínculos celetistas ativos, chegou a 42.998.607 em outubro. Esse número representa um aumento de 0,37% em relação ao mês anterior. 

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Em setembro, o saldo de empregos foi positivo em quatro dos cinco grupamentos de atividades econômicas: serviços (91.294 postos distribuídos), comércio (saldo positivo de 49.356 postos), indústria (14.891 novos postos) e construção (5.348 postos de trabalho gerados). Devido à sazonalidade, o setor de agricultura, pecuária, produção florestal, pesca e aquicultura encerrou no período um total de 1.435 empregos formais.

De acordo com o ministério, geralmente outubro não é um mês de grande destaque em contratações, devido a sazonalidades, à proximidade da virada de ano e o período de redução das atividades na indústria. A partir de novembro as expectativas de contratação devem crescer no comércio.

O salário médio de admissão do mês de outubro foi de R$ 1.932 em todo o Brasil. Comparado ao mês anterior, houve decréscimo real de R$ 7,28, numa variação negativa de 0,38%.

“Em 2021 recuperamos nossa capacidade de realizar operações de crédito e, imediatamente, iniciamos uma série de investimentos em obras estruturadoras com o Plano Retomada. O resultado é que estimulamos a cadeia produtiva e conseguimos atingir a meta de 130 mil novos empregos gerados com dois meses de antecedência”, destacou o governador Paulo Câmara (PSB).

Precisa melhorar…

O economista e professor da Universidade de Pernambuco (UPE), Sandro Prado, explica que os números são insuficientes para falar em uma possibilidade iminente de redução do desemprego. “Como ainda estamos com desemprego muito alto, especialmente no Norte e Nordeste, esses números são insuficientes para melhorar o desemprego”, disse o professor.

Ele explica ainda que, apesar dos números positivos, a Bahia e Pernambuco são os estados com o maior número de desocupados na região e “precisam criar muitos postos de trabalho” para efetivamente reduzir o desemprego.

A análise também vale quando olhamos para o país como um todo. Isso ocorre porque, apesar do saldo positivo, “temos muitos jovens lançados toda hora no mercado, demora para aposentadoria, cresce a população economicamente ativa. Assim, é precoce se animar”, disse o economista.

A situação piora quando vemos o comércio e os serviços – setores que têm puxado mais para cima a geração de empregos desde a flexibilização das regras contra a Covid-19 – e apresentaram resultados abaixo do esperado, por exemplo, na Black Friday.

“Uma data extremamente esperada pelo varejo teve saldo negativo. É a primeira redução maior que 26% na renda e receita do período nos últimos 12 anos. Isso desanima o comércio. A expectativa é que os números melhorem em novembro, não igual a novembro de 2021, mas superando 200 mil postos para minimizar um pouco o desemprego”, disse Sandro.

Isso ocorre devido à alta nos preços e o endividamento, que leva muitos brasileiros a deixar de consumir no final do ano para honrar com compromissos e quitar dívidas em atraso. Além disso, o especialista aponta que “muita gente está trabalhando informalmente” ou pejotizada (atuam como MEI).

“Os números com carteira assinada ainda não teve uma recuperação significativa que traga uma boa expectativa. O crescimento do PIB no 3º trimestre foi decepcionante, o novo governo terá trabalho de convencer o mercado a fazer os investimentos que os brasileiros estão esperando”, afirmou o professor.

Leia também: Confiança da indústria cai em novembro e atinge pior resultado desde início da pandemia

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