Romildo Rolim deixa presidência do Banco do Nordeste

Etiene Ramos Confirmado. Romildo Carneiro Rolim deixa o BNB. Quem assume interinamente é Anderson Possa, diretor de Negócios do banco. Há dois dias circulou a notícia de que o presidente nacional do PL, Valdemar Costa Neto, teria indicado o engenheiro Ricardo Pinto Pinheiro para assumir a presidência do BNB, segundo informações do jornal Extra. Anderson […]

Etiene Ramos

Confirmado. Romildo Carneiro Rolim deixa o BNB. Quem assume interinamente é Anderson Possa, diretor de Negócios do banco. Há dois dias circulou a notícia de que o presidente nacional do PL, Valdemar Costa Neto, teria indicado o engenheiro Ricardo Pinto Pinheiro para assumir a presidência do BNB, segundo informações do jornal Extra.

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Anderson Possa, assume presidência do BNB após exigir licitação para gestão do microcrédito – Foto: Divulgação

Anderson Aorivan da Cunha Possa, foi nomeado hoje em reunião extraordinária do Conselho de Administração que destituiu Romildo Carneiro Rolim, da presidência. Possa, que é funcionário da Caixa há 20 anos e já ocupou a superintendência nacional da instituição, também ocupará o cargo de Conselheiro de Administração do banco. A nova diretoria executiva passou a ser formada por Anderson Possa, Bruno Ricardo Pessoa de Sousa, Cornélio Farias Pimentel, Hailton José Fortes, Haroldo Maia Júnior e Thiago Alves Nogueira.

Em comunicado interno aos funcionários, segundo o jornal O Povo, o BNB informou que Possa havia exigido a realização de licitação para a gerência do microcrédito. O banco manteria contrato, sem licitação, desde 2003, primeiro mandato do ex-presidente Lula, com a ONG Instituto Nordeste Cidadania (Inec), do Ceará, que receberia quase R$ 1 bilhão por dois contratos de gestão: o do Crediamigo, no valor de R$ 583 milhões e do Agroamigo, de R$ 358 milhões.

Estopim político

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A saída de Romildo Rolim, que é funcionário do BNB há 20 anos e estava no seu terceiro mandato na presidência, foi exigida pelo presidente Jair Bolsonaro. Na sexta passada, ele ligou para Costa Neto, que gravou um vídeo, denuncia “barbaridades” na gestão de Rolim, e pede a cabeça dos seus indicados, já que o BNB está na cota do PL mas na verdade forma é dividido com o Centrão, que tem indicados do PP, do Republicanos e do MDB em sua diretoria.

Segundo o Valor Econômico desta terça, 28, o interesse de bancos privados nas carteiras de microfinanças do BNB também vem incentivando as mudanças. Mas outro olhar é que o presidente da República quer melhorar sua imagem no Nordeste, onde a disputa pela reeleição com o PT deve ser mais pesada, com o saldo positivo do microcrédito do banco regional, responsável pela gestão do Fundo Constitucional de Financiamento do Nordeste (FNE), com orçamento de R$ 26,6 bilhões para 2022, um aumento de 10,37% em relação a 2021. 

Mas o estopim para a decisão de hoje parece ter sido um comunicado do BNB, assinado pelo diretor de Relações com Investidores, Hailton José Fortes, na terça (28) onde afirma que o contrato com o Inec é regular, “em conformidade com a legislação vigente” e foi considerado um desafio à exigência de  Bolsonaro, por seus apoiadores. Não por ser uma resposta à Imprensa, mas porque sustenta a posição do ex-presidente Romildo Rolim que não cedeu à pressão de Costa Neto para extinguir o contrato com o Inec antes do vencimento, em dezembro deste ano. “Eventuais mudanças do modelo de atuação do Banco no segmento de microcrédito, necessariamente precisam seguir os princípios de governança, compliance, ética, integridade e transparência, valores imprescindíveis para tomada de decisão de uma operação tão relevante para o Banco”, diz trecho do comunicado.

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