Com o intuito de integrar as ações de apoio financeiro ao setor produtivo regional, a Sudene anunciou a reativação do Comitê Regional das Instituições Financeiras Federais (CORIFF). A decisão, articulada em colaboração com o Consórcio Nordeste e o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), foi divulgada nesta terça-feira (06) durante uma reunião no escritório regional do banco na capital pernambucana. O comitê de agentes financeiros fornecerá subsídios ao Conselho Deliberativo da superintendência para aprimorar a aplicação dos instrumentos de financiamento das ações de desenvolvimento regional.
O superintendente da Sudene, Danilo Cabral, disse que a iniciativa é uma retomada estratégica no planejamento regional promovida pela Sudene. “O CORIFF desempenha um papel crucial ao oferecer propostas práticas para acelerar os investimentos financeiros e estimular projetos alinhados com a agenda de desenvolvimento sustentável.”
Conselho da Sudene
O CORIFF é um órgão permanente e consultivo do Conselho Deliberativo da Sudene (Condel). O grupo é composto por representantes da administração superior do BNDES, Banco do Nordeste, Caixa Econômica Federal e Banco do Brasil. Outras instituições poderão ser convidadas conforme as pautas econômico-financeiras discutidas pelos membros do Condel.
O comitê estabelecerá metas entre as instituições para promover o desenvolvimento do Nordeste, considerando iniciativas como o Novo PAC, a Nova Indústria Brasil, e outras políticas de desenvolvimento regional. O tema será abordado novamente na próxima reunião do conselho da Sudene, marcada para o dia 15 deste mês.
Maria Fernanda Coelho, Diretora de Crédito Digital para Pequenas e Médias Empresas do BNDES, expressou satisfação pela reunião das instituições envolvidas no desenvolvimento das estratégias de fomento às atividades produtivas nordestinas. “Queremos expandir ainda mais os investimentos no Nordeste, fortalecendo o crescimento econômico,” afirmou.
Glauber Piva, executivo do Consórcio Nordeste, também ressaltou a importância de promover ações que promovam mais desenvolvimento para a região. “É um reencontro do Nordeste com o Brasil por meio de uma agenda participativa,” destacou Piva.
A economista Tânia Bacelar analisou a retomada da visão regional na política econômica brasileira e destacou a diversidade das atividades econômicas do Nordeste e o novo cenário vivido pela região, com um aumento no número de jovens qualificados devido à descentralização das instituições de ciência e tecnologia.
“O desafio é investir e identificar os atores estratégicos para isso. O Nordeste mudou e a agenda de investimentos se renovou, tornando-se mais complexa. Os bancos públicos e de desenvolvimento são essenciais para ampliar a capilaridade dos recursos.” Ela acrescentou: “O coração da Sudene é o seu Conselho Deliberativo, responsável por articular a política pública federal com as estaduais. A reinvenção dos modelos de articulação financeira através do CORIFF é fundamental para a coordenação estratégica das prioridades e dos instrumentos.”
O encontro na sede do BNDES também contou com a presença do Consórcio Nordeste e representantes de agências de desenvolvimento e secretarias estaduais. Um dos focos do evento foi ampliar o debate sobre a oferta de crédito voltada para as cadeias produtivas estratégicas do Nordeste.
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