O ex-presidente Jair Bolsonaro passou dois dias na Embaixada da Hungria, em Brasília, depois de entregar seu passaporte para a Polícia Federal, segundo informação divulgada pelo jornal The The New York Times.
Quatro dias após a entrega do passaporte, Bolsonaro teria chegado na embaixada na noite do dia 12 de fevereiro, segunda-feira de Carnaval, acompanhado de dois seguranças. O ex-presidente foi recebido pelo embaixador húngaro, Miklos Tamás Halmai. A comprovação veio através de imagens mostradas em câmeras de segurança divulgadas pelo próprio jornal NYT.
Segundo a publicação, os funcionários da embaixada foram orientados a não trabalharem presencialmente. Na embaixada, os funcionários que retornariam ao trabalho no dia 14 de fevereiro, quinta-feira após o feriado, receberam orientações para concluírem a semana em casa. No próprio dia 14 de fevereiro, Jair Bolsonaro foi embora.
De acordo com uma fonte sigilosa do NYT, teria afirmado que a equipe da embaixada planejava dar ‘asilo político’ ao ex-presidente em caso de algum pedido de prisão fosse feito contra Bolsonaro. No local, Bolsonaro não poderia ser preso porque a embaixada é considerada território estrangeiro em solo brasileiro.
A Hungria é governada pelo primeiro-ministro Viktor Orban, de extrema-direita, com quem Bolsonaro mantém uma boa relação.
DEFESA
A defesa do ex-presidente da República confirmou que ele passou dois dias hospedado na embaixada da Hungria em Brasília “para manter contatos com autoridades do país amigo”. Em nota, os advogados de Bolsonaro dizem que ele mantém um bom relacionamento com o premier húngaro, com quem se encontrou recentemente na posse do presidente Javier Milei, em Buenos Aires.
“Nos dias em que esteve hospedado na embaixada magiar [húngara], a convite, o ex-presidente brasileiro conversou com inúmeras autoridades do país amigo atualizando os cenários políticos das duas nações. Quaisquer outras interpretações que extrapolem as informações aqui repassadas se constituem em evidente obra ficcional, sem relação com a realidade dos fatos e são, na prática, mais um rol de “fake news”, diz a defesa de Bolsonaro. A Embaixada da Hungria ainda não se manifestou sobre a estadia do ex-presidente.
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