Documentos compensados no país atingiram 218,9 milhões no ano passado ante 3,3 bilhões em 1995
Da Redação
Com o avanço dos meios de pagamento digitais, como internet e mobile banking, e a criação do PIX, em 2020, o uso do cheque manteve a queda verificada nos últimos anos. Em 2021, o número de cheques compensados no Brasil caiu para 218,9 milhões, uma redução de 93,4% em relação ao ano de 1995, início da série histórica, quando foram compensados 3,3 bilhões de cheques. Na comparação com 2020, quando foram compensados 287,1 milhões de cheques no país, a queda foi de 23,7%. As estatísticas têm como base a Compe – Serviço de Compensação de Cheques.
Os dados também revelam redução no volume financeiro dos cheques, no número dos documentos devolvidos e nos devolvidos sem fundos na comparação desde 1995. Naquele ano, o volume financeiro dos cheques compensados chegou a R$2 trilhões. Em 2021 o valor passou para R$ 667 bilhões, uma queda de 67,4%. Na comparação com 2020, houve uma pequena redução, de 0,22%, quando o montante atingiu R$ 668,4 bilhões.
Em 2021, o número de cheques devolvidos foi de 18,6 milhões, que representou 8,5% no total de cheques compensados no país, e queda de 23,7% na comparação com 2020, quando foram devolvidos 23,4 milhões de documentos. Em 1996, início da série histórica desta categoria, foram contabilizados 63,5 milhões de cheques devolvidos.
Em relação aos cheques devolvidos sem fundos, o total caiu de 15,2 milhões, em 2020, para 13,6 milhões no ano passado, uma redução de 20,6%. Em 1997 (início desta série histórica específica), o número registrado de cheques devolvidos sem fundo foi de 56,8 milhões.
As estatísticas divulgadas pela Federação Brasileira de Bancos (Febraban) revelam que o cliente bancário tem deixado, cada vez mais, de usar cheques, e optado por outros meios de pagamento, em especial os canais digitais (internet e mobile banking. “Estas modalidades são responsáveis por 67% de todas as transações feitas no país, segundo a última edição da Pesquisa Febraban de Tecnologia Bancária”, declara Walter Faria, diretor adjunto de Serviços da Febraban.
Segundo ele, a crescente digitalização do cliente bancário foi impulsionada, também, pela entrada em funcionamento do PIX, em novembro de 2020. Em 1 ano de existência, foram feitas 7 bilhões de transações com R$4 trilhões de volume financeiro. De acordo com a última edição do Radar Febraban, desde a implantação do PIX, sua aprovação teve crescimento expressivo, de 9 pontos, passando de 76% para 85% e já tem a adesão de 71% dos brasileiros.