A Moura Dubeux, incorporadora líder na região Nordeste, anunciou o primeiro pagamento de dividendos da história da companhia. A empresa que atua nos segmentos de edifícios de médio e alto padrão, registrou no terceiro trimestre de 2024, os melhores resultados de sua história e anunciou o seu primeiro pagamento de dividendos, no valor de R$ 55 milhões (R$ 0,65 por ação).
Felipe Moura, sócio e analista da Finacap, gestora de Pernambuco, analisa o contexto para os investidores. Para ele, o primeiro ciclo da Moura Doubex, desde o IPO em 2020, foi bem-sucedido. “Os números foram bons, as margens foram boas, a empresa teve demanda e nível de estoque saudáveis. A companhia foi muito disciplinada e manteve uma alavancagem baixíssima”, ressalta o analista.
O analista acredita que, em 2025, a Moura Doubex também deve trazer bons números e continuar agradando investidores. “A empresa entra em 2025 com excelentes perspectivas e números muito fortes. Tivemos uma conjuntura macroeconômica este ano muito desfavorável para esse segmento, que é altamente correlacionado com taxa de juros. Porém, se a empresa navegou tão bem no ambiente macroeconômico desafiador de 2024, ela terá capacidade de gerar muito valor para os seus acionistas quando estivermos em um ambiente mais favorável, de queda da taxa Selic”, explica Felipe Moura.
O sócio da Finacap ainda destaca a performance da empresa frente a outras incorporadoras do Brasil: “No ambiente da bolsa a gente tem diversas empresas do sul e sudeste que atuam na incorporação de médio e alto padrão, mas a Moura Doubex acaba sendo uma empresa única. Ela está totalmente fora do eixo e com posição de liderança nas praças que atua. Ela é líder em Recife (PE) e está entre as primeiras em cidades como Salvador (BA), Fortaleza (CE), Maceió (AL), Natal (RN) e João Pessoa (PB)”.
Números da Moura
“Chegamos ao fim do terceiro trimestre com números superlativos em lançamentos e vendas líquidas. Apenas no período em questão, comercializamos e lançamos mais de R$ 1 bilhão. Nos primeiros nove meses de 2024, já são R$ 2 bilhões em vendas e adesões líquidas. Esse número é exatamente puxado pelo nosso sistema de Condomínio Fechado, mostrando a força do nosso mercado e desse modelo de negócio”, enfatiza Diego Villar, CEO da Companhia.
A empresa, segundo o executivo, também foi capaz de criar um modelo de negócio totalmente novo, denominado Mood, voltado para a classe média. “Iniciamos nosso trabalho com esse conceito em 2022. Já em 2024, fecharemos o ano com aproximadamente R$ 700 milhões em Valor Geral de Vendas (VGV) líquido lançado, somente com essa nova empresa. Ancorados na Mood e no Condomínio, estamos cada vez mais construindo uma empresa com volume que poderá atingir R$ 3,5 bilhões em lançamentos anuais. Isso mitiga significativamente o risco da execução e da alavancagem, além de garantir um fluxo mais curto no retorno do capital do nosso acionista”, salienta Diego Villar.
Quanto aos lançamentos no terceiro trimestre (quatro empreendimentos, totalizando 1.267 unidades), o VGV líquido foi de R$ 1,1 bilhão, com crescimento de 242,8% em relação a igual período de 2023 e de 72,4% ante os três meses imediatamente anteriores. No acumulado de janeiro a setembro de 2024, o valor foi de R$ 2,1 bilhões, 79,1% maior na comparação com o mesmo intervalo do ano passado.
As vendas no terceiro trimestre alcançaram R$ 1,0 bilhão, representando avanço de 146,2% ante igual período de 2023 e 104,4% em relação aos três meses imediatamente anteriores. Nos nove meses de janeiro a setembro, totalizaram R$ 1,9 bilhão, o que significou crescimento de 72,2% na comparação interanual.
A receita líquida no terceiro trimestre de 2024 foi de R$ 501,7 milhões, tendo crescido 66,2% em relação ao mesmo período de 2023 e 28% ante os três meses anteriores. No acumulado do ano, atingiu R$ 1,2 bilhão, avançando 38,5% ante 2023.
Destaque, também, para o lucro líquido, que aumentou 92,6% em relação ao terceiro trimestre de 2023 e 18,9% ante o anterior, alcançando R$ 89,0 milhões. De janeiro a setembro, o valor foi R$ 206,1 milhões, significando avanço de 69,1% na comparação interanual.
Ainda no trimestre, a geração de caixa foi de R$ 23,4 milhões levando o índice “Dívida Líquida sobre Patrimônio Líquido” para 4,2%, patamar de alavancagem bem saudável para o tamanho de operação da Moura Dubeux.
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