O Sindicato das Empresas de Transporte de Passageiros de Aracaju (Setransp) apresentou, no final da manhã desta terça-feira (14), um ônibus com a catraca alta, para impedir que as pessoas pulem sem registrar a passagem. O veículo, da emprea Atalaia, já está circulando na linha Santa Maria 004 em fase de testes, mas a meta é que todos os 140 ônibus, que operam no sistema da capital, tenham essa catraca alta dentro de dois meses.
Um levantamento feito pelo sindicato em 2024, mostrou que ocorreram mais de 349 mil pulos de catraca, o que dá uma média de 29 mil ocorrências por mês e um prejuízo financeiro estimado em R$ 1,5 milhão anual.
A presidente executiva do Setransp, Raíssa Cruz, disse que o pulo de catraca traz prejuízos para a população, já que não é feita a contabilização da passagem. “O cálculo tarifário é com base no número de passageiros dividido pelo custo do serviço. E quando se pula a catraca, esse passageiro não é identificado”, explicou.
Além de Aracaju, este tipo de catraca é utilizado nos ônibus em Maceió (AL). O custo das empresas para instalar cada catraca é de R$ 1.800 a R$ 2 mil e demora em torno de seis a sete horas para ficar pronto. Esse custo inclui a compra de material e mão de obra.
Catracas altas já foram testadas
O presidente do Sindicato dos Trabalhadores em Transportes Rodoviários de Aracaju (Sinttra), Miguel Belarmino da Paixão, acredita que os usuários não terão do que reclamar, com esta nova catraca. “Fizemos um teste e vemos que é muito boa”, assegurou.
Essa não é a primeira vez que o Setransp adota medidas para tentar conter os pulos de catraca e arrastões no transporte coletivo. Em 2023, a Secretaria Municipal de Transportes e Trânsito (SMTT) determinou a instalação de catracas altas na Barra dos Coqueiros e São Cristóvão, municípios da região metropolitana de Aracaju, reduzindo em 90% o número de ocorrências. Agora, as catracas altas serão para todo o sistema de transporte.
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