Eneva importa gás por Sergipe e vende para o Espírito Santo

O gás que vai para o Espírito Santo será consumido por uma térmica para produzir energia
Navio Energos Nanook que é uma Unidade Flutuante de Armazenamento e Regaseificação de Gás Natural (FSRU) no Hub da Eneva em Sergipe. Foto: Divulgação/Eneva

A empresa Eneva vai fornecer o gás importado que chega ao Estado de Sergipe para a termelétrica Luiz Oscar Rodrigues de Melo, localizada no município de Linhares, no Norte do Espírito Santo. O contrato é 100% flexível e foi assinado entre a Eneva e a Linhares Geração, dona da térmica. O volume vendido pode chegar a 1,07 milhão de metros cúbicos por dia a serem entregues a partir de julho de 2026.

O fornecimento do gás ocorrerá por um prazo de 15 anos. A modalidade de venda é 100% flexível. Isso significa que o gás só será vendido, quando a térmica estiver em operação. A termelétrica comercializou uma potência de 204 megawatts (MW) no primeiro Leilão de Reserva de Capacidade realizado em dezembro de 2021. Há uma possibilidade de antecipação do fornecimento para janeiro de 2026, caso ocorra uma extensão do contrato.

Segundo informações da Eneva, a parceria impulsiona o processo de abertura do mercado brasileiro de gás natural, sendo um marco importante por conta da oferta de uma solução de contrato flexível para o combustível que proporciona a segurança energética do País. O mercado entende que a energia das termelétricas tem segurança energética, porque a geração delas não depende de uma matéria prima, que pode faltar de repente, como por exemplo, os ventos. No entanto, o gás natural é um combustível fóssil.

O suprimento do gás pela Eneva à termelétrica será realizado principalmente a partir da Unidade Flutuante de Armazenamento e Regaseificação de Gás Natural (FSRU) que fica no navio Energos Nanook ancorado a 6,5 km da costa e que pode estocar até 170 mil metros cúbicos de gás. A capacidade de regaseificação de GNL do Hub de Sergipe da Eneva é de 21 milhões de metros cúbicos por dia.

O gás que abastece o FSRU chega por navios metaneiros, que são navios tanques que transportam o gás natural. O Hub Sergipe,da Eneva, é o primeiro terminal privado de GNL brasileiro conectado à malha de gasodutos da TAG, que liga os Estados do Nordeste ao Sudeste.  

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O contrato assinado tem um valor estimado em R$ 1,2 bilhão com base em janeiro de 2023. O valor do contrato é formado por duas parcelas: uma fixa, para remunerar a reserva de capacidade do FRSU, e uma variável, atrelada ao Japan Korea Marker (JKM), que remunera o gás que será consumido pela térmica. Neste cálculo entraram premissas de valores de JKM, cotação do dólar e, principalmente, expectativa de despacho da usina pelos 15 anos do contrato.

Segundo o diretor executivo de Marketing, Comercialização e Novos Negócios da Eneva, Marcelo Lopes, a assinatura do contrato entre as duas empresas “é uma forte sinalização da disposição dos agentes em fortalecer o mercado, buscando torná-lo cada vez mais dinâmico e sofisticado. Com soluções como esta, nossos clientes podem gerenciar volumes e preços, além de agregar mais segurança e diversificação aos seus suprimentos”.

O Hub de gás da Eneva em SE

O Hub Sergipe de gás da Eneva fica no município de Barra dos Coqueiros na região metropolitana de Aracaju (SE). A estrutura tem um FSRU e uma usina térmica com capacidade de geração de 1,6 gigawatts (GW), sendo movida a gás natural, gerando energia em um ciclo combinado de gás e vapor. O gás natural utilizado chega na unidade na forma de gás natural liquefeito – GNL e depois passa por um processo de regaseificação. O GNL é fácil de transportar em navios, mas somente o Gás Natural pode ser escoado por gasodutos.  

A Eneva é uma das grandes operadoras privadas de gás natural onshore no Brasil, atuando desde a exploração e produção até o fornecimento de soluções de energia. A empresa opera 14 campos de gás natural nas Bacias do Parnaíba (MA) e Amazonas (AM), totalizando uma área de concessão superior a 63 mil km², a maior do Brasil. Possui um parque de geração com 5,95 GW de capacidade contratada, incluindo termelétricas nos estados do Maranhão, Ceará, Sergipe, Roraima, e o Complexo Solar Futura na Bahia, que começou a funcionar em 2023. 

*Com informações da Eneva

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